quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Carta à Mirinha

Após ler esta carta (que me emocionou), pedi permissão ao autor para transcrevê-la aqui no meu Blog. Uma carta que nunca chegou ao seu destino, acredito que foi escrita como um meio de desabafar, “talvez” não com a intenção de que ela chegasse ao destino.
Achei por bem não citar o nome do autor (que talvez com um pouco de esforço pode ser visualizada na imagem, bem como a data em que foi escrita) se bem que ele disse que não haveria o menor problema.

*** Ela começa assim:

Doce e querida Mirinha,


Acordei hoje feliz, e ao mesmo tempo muito triste...
Sonhara com você há poucos minutos antes de acordar, e sua presença estava ainda tão forte, que senti quase que a poder tocá-la...
Cheguei a um lugar “um tanto quanto antigo” (deve ter sido “no campo”), pareceu-me um celeiro, percebi sua presença em outro aposento do lugar, e não a chamei (preparando nosso reencontro de uma forma “especial”, “rara”).
Abro então uma bolsa (mala?) repleta de pequenos frascos de vidro... alguns poucos estavam quebrados... começo a retira-los delicada-e-cuidadosamente... presinto você cada vez mais próxima... o coração acelera... o tilintar dos vidros enche o ar exóticamente... há o perigo de me cortar... mas a sensação é maravilhosa, excitante...
Você surge então na porta... (traz consigo um cavalo??) ... me vê... e não nos falamos... só nossos olhares se encontram... você se surpreende ... de uma forma tão doce... que me dá vontade de chorar (como agora...).
Seus cabelos cacheado-dourados, soltos, te emolduram (juntamente com sua “aura”)...
Continuamos a olhar um para o outro de uma forma tão feliz, e palavras não conseguiriam expressar nossas sensações (nem agora consigo...).
A última coisa que me lembro foi que nos abraçamos... infinitamente... emoção à flor-da-pele..., acordei...
Eis o motivo da minha tristeza – foi só um sonho – tão real que ainda sinto você em meus braços... Que pena!
Por que esse mundo insiste em separar as pessoas “raras”, “especiais”?
Não importa, pois resta-me saber que, quando nos reencontrarmos, um dia, seja lá onde for, será infinito...

foto: by Margô (arquivo pessoal)
** clique na imagem para ampliar

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