segunda-feira, 29 de abril de 2013

Onze Minutos


Não escolhi ler este livro pelo título (as vezes faço isso). Nem pela capa (sou apaixonada por uma bela capa). Nem por indicação de alguém próximo. Nem mesmo pela sinopse (que só resolvi ver agora). Onze Minutos peguei emprestado do Alexandre, meu sobrinho. Ele estava tão focado lendo, quase não via nada ao redor, o que não é uma tarefa fácil quando se está em uma festa. Fiquei curiosa e perguntei que livro era. Quando ele me disse que era do Paulo Coelho e é claro, impulsionada por ver o interesse dele pelo livro, perguntei se me emprestaria assim que acabasse de ler. No mesmo dia ele terminou (ou devorou?rss) e me entregou.
Paulo Coelho é um escritor que admiro desde as décadas 80/90. Ele tinha um cantinho denominado Maktub, no jornal Correio Popular. Lembro que eu recortava e guardava as historinhas. Dos livros deste autor quis adquirir “Maktub” mas achava caro comparado ao tamanho e quis ler “Verôrika decide morrer”. Não fiz nem um, nem outro. Tenho em casa o Alquimista. Ganhei de presente da minha irmã, Silvana, em maio de 2005 e, apesar de ter ouvido muitas referências positivas não peguei para ler. Estava em uma fase ruim da minha vida, onde ler era a última coisa que eu queria fazer. Um ano depois meu casamento acabou.
Enfim, “Onze minutos” é primeiro livro do Paulo Coelho que leio, gostei muito... tanto que, motivada tirei o Alquimista da prateleira.rss

Entre algumas sinopses que li, gostei dessa:
Embora meu objetivo seja compreender o amor, e embora sofra por causa das pessoas a quem entreguei meu coração, vejo que aqueles que me tocaram a alma não conseguiram despertar meu corpo, e aqueles que tocaram meu corpo não conseguiram atingir minha alma. Com estas palavras, escritas aos 17 anos em seu diário, Maria, personagem principal de Onze minutos, de Paulo Coelho, dá uma pista sobre a busca que realizará ao longo da comovente obra. Para a jovem, decepcionada com os padrões afetivos e sexuais que conhece, torna-se utópica a idéia de que duas pessoas possam ter tanto o corpo quanto a alma em perfeita harmonia num relacionamento. Com trajetória semelhante à de tantas mulheres, Maria amadurece precocemente e distancia cada vez mais dos ideais de felicidade que tinha na adolescência. No decorrer de um ano vendendo seu tempo sem poder comprá-lo de volta, como ela diz, a jovem aprende a ser prática e realista, vacinada contra ilusões. Dizer que Onze minutos é a história de uma prostituta seria uma definição simplista demais. Mais importante que a trajetória de Maria é o aprendizado que ela é capaz de extrair de suas duras experiências no exterior.

 
Neste livro, contando essa história que a princípio não é nada atraente, Paulo Coelho conseguiu me envolver. Admito que quando comecei a ler, pensei: um livro que conta a história de uma prostituta, não deve ser nada interessante. Mas conforme fui lendo, percebi que a personagem, apesar de ir se deixando levar pelas situações, também se questionava. Muitas vezes (no meu íntimo) eu questionava sobre esse assunto, sobre as mulheres que “escolhem” essa vida. _Por que entram nessa? _Por que não deixam essa vida ou melhor dizendo, esse trabalho?
Maria se diferencia de algumas outras por ter uma luz própria, provavelmente por ser muito devota de Nossa Senhora que, pelo que percebi esteve ao seu lado em alguns momentos, dando conselhos.
Maria tinha metas, planos futuros e focada neles procurava economizar. Era inteligente, esforçada. No período que ficou na Suíça, buscou aprender o idioma. Nas horas vagas estava sempre na biblioteca, procurava livros que pudessem esclarecer suas dúvidas, ou mesmo para aprender sobre assuntos que não conhecia.
No seu diário ela escrevia seus anseios, suas frustrações, suas descobertas, seus planos. Maria em meio aos seus questionamentos, chega a uma conclusão sobre o que vem à ser o título do livro... “Onze Minutos”. Pode ser que para essas mulheres seja sempre como ela relata, mas acredito que em uma relação estável, em um casamento não é bem assim. Ou será que é?
Diante das palavras finais da sinopse (que sublinhei), concordo e complemento... além de aprender, Maria nos ensina. Com certeza depois de ler este livro, muitos tabus, são quebrados e alguns preconceitos são deixados de lado.”


Escolhi dois trechos que quero comentar:

1) Estava na página 210 (faltando 43) para o final quando tive que pausar a leitura para entrar na sala de aula. Essas últimas palavras ficaram martelando minha cabeça:

“Posso esperar um pouco mais. Tenho um sonho, mas ele não precisa ser vivido hoje, porque preciso ganhar dinheiro.” Claro, seu emprego era amaldiçoado – mas no fundo tratava-se apenas de vender seu tempo, como todo mundo. Fazer coisas de que não gostava, como todo mundo. Aturar gente insuportável, como todo mundo. Entregar seu precioso corpo e sua preciosa alma em nome de um futuro que não chegava, como todo mundo. Dizer que ainda não tinha o bastante, como todo mundo. Aguardar só mais um pouquinho, como todo mundo.

Fiquei pensando... na sala de aula (não consegui mais pegar o livro para ler neste dia) e no outro dia, no trabalho. Será que tinha entendido errado?  Esperava que sim. Provavelmente teria que voltar algumas folhas para ver se perdi algum detalhe, algo escrito nas entrelinhas pois, apesar  de concordar com as palavras descritas no texto, eu torcia para que Maria voltasse para casa, que abandonasse essa vida, esse trabalho! E assim fiz. Chegando na faculdade, me recolhi em um canto, retornei a leitura e... terminei de ler o livro.

2) Essas palavras (que está na página 135) são do diário de Maria. Fiquei surpresa pois são as mesmas que escolhi para colocar no meu convite de casamento. Alguém postou no Facebook e gostei.
“... os encontros mais importantes já foram combinados pelas almas antes mesmo que os corpos se vejam...”


Fonte: http://www.elivrosgratis.com/livro/465/onze-minutos-paulo-coelho.html

Museu TAM

Como ia ter jogo da Ponte e Corinthians, achamos melhor sair de casa e ficar o dia todo fora (moramos próximo ao estádio). Ficamos procurando, pesquisando algumas opções de entretenimento. A princípio pensamos ir no cinema assistir o Homem de Ferro 3 mas abortamos. O Zé falou de irmos conhecer o Museu TAM (faz tempo que ele queria ir), achou que essa seria uma boa hora. Eu não estava muito animada, já viu, museu dá aquela sensação de coisa velha, estava meio receosa. No Sábado, procurando mais detalhes na internet ele encontrou este site, depois que vi me animei. Como ele ia convidar o pessoal (minha família) para ver se mais alguém queria ir, sugeri que colocasse o link do site, achei muito convincente. No Domingo, pouco antes de sairmos a Adriana ligou dizendo que “provavelmente” ela e o Henrique também iriam. Eu e o Zé saímos antes de 11h. Erramos a entrada. Passando a faculdade tinha uma placa escrito “Museu da Aviação” (deviam ter colocado Museu TAM), passamos direto.rss A gente esperava ver uma placa que sinalizasse para entrar na SP-318 mas ela nunca aparecia. Enfim, depois de alguns quilômetros adiante (e do Zé parar em um restaurante para perguntar), retornamos. Chegamos antes das 14h. Primeiro temos que comprar os ingressos no saguão. Fiquei surpresa quando vi pendurados painéis sobre a vida de Antoine de Saint-Exupéry, era uma exposição sobre a vida desse aviador e escritor. Comecei a ler e tirar fotos. Não deu para apreciar muito porque o Zé estava meio apressado, com receio de não conseguirmos ver todo o museu... então prosseguimos.
Saímos deste local e fomos em direção ao Museu. Na entrada uma porta de vidro se abre, começamos a subir um corredor que é dividido em salas separadas por portas de vidros. O local é escuro (fotos só sem flash), em cada ala estão expostos miniaturas de aviões (e se não estou enganada de alguns outros objetos, não deu tempo de reparar), fotos, recortes de jornais com as histórias da aviação, dos primeiros aviadores, etc. Muitos vídeos com variados assuntos: as tentativas frustradas de voar, em outro imagens sobre aviões que foram utilizados na guerra e muitos, muitos outros. Tem que ter tempo para olhar tudo. Como estávamos ansiosos para ver os aviões, olhamos tudo rapidinho. Continuamos subindo até que por último, em uma sala passa um vídeo sobre este sonho do comandante Rolim. Após o vídeo uma porta se abre e agora sim, que visão! Um monte de aviões!! Descemos uma rampa que nos leva ao início: 14 BIS! Passeamos entre eles, tiramos fotos. Lá dentro tem espaço Kids, lanchonete, e uma lojinha onde fica a saída. Entramos em um avião da TAM (acho que podia) a porta estava aberta.rss Até estranho porque não podia tocar em nada.  A gente já tinha visto quase tudo quando a Adriana e o Henrique chegaram. E ficamos com eles passeando entre os aviões.
De toda a exposição, que é muito bela, o que prendeu mais minha atenção foi a exposição do Cessna 140, com a foto e os escritos de Milton Verdi, um dos pilotos que morreu após um pouso de emergência na selva boliviana. Muito triste, eu me segurei para não chorar, mas pude ver e ouvir uma mulher que enquanto lia, enxugava as lágrimas. Escolhi este site que dá maiores detalhes sobre essa tragédia, tem também alguns trechos da carta que ele deixou à esposa e do diário que veio à se tornar livro.
Gostei muito da exposição, queria ter tido mais tempo para apreciar tudo, cuidadosamente, calmamente, poder ver todos os detalhes. Quem sabe voltamos outra vez.
Na saída, mais fotos. resolvemos parar para almo/jantar no restaurante Castelo que fica na beira da estrada.




Mais informações sobre a exposição de Antoine de Saint-Exupéry neste site:


quinta-feira, 25 de abril de 2013

Lista dos autores que estarão em Frankfurt


Não sabia que existia essa "Feira do Livro de Frankfurt", uma vergonha para uma pessoa que se considera "amante de leitura".rss
Tá  bom, eu me perdôo. Afinal, nunca é tarde para aprender, conhecer...
Como descobri? Não foi difícil. Apenas coloquei a página da revista "Veja" nos meus favoritos. Todo dia dou uma olhadela geral, paro um pouquinho no que me interessa e claro, passo a maior parte do tempo na seção de Blogs e Colunistas. Não podia ser diferente.rss
Foi assim que fiquei sabendo desta Feira que, segundo o Wikipédia é o maior encontro mundial do setor editorial, sendo realizado desde 1949 em Frankfurt am Main (Alemanha)e atraindo anualmente mais de 7.000 expositores e 280.000 visitantes. O evento é promovido pela Börsenverein des Deutschen Buchhandels (em português: Associação do Comércio de Livro Alemão).
Quanto aos autores que estarão na feira destaco: Alice Ruiz, postei aqui no Blog uma poesia/música e citei o site da autora onde podemos ver suas obras. Marçal Aquino e Marcelino Freire apesar de não ter lido nenhuma de suas obras conheci-os pessoalmente em um evento realizado pelo Sesc-Campinas intitulado "Versões", lembro que eles contam como encontram inspiração para escrever seus livros. Alguns outros... Adélia Prado, Paulo Coelho, Ruth Rocha... com certeza são merecedores de estarem presentes neste evento. Muitos não conheço, quem sabe à partir desta lista escolho um livro de cada um para ler e conferir se são ou não merecedores de estarem nesta lista (digo isso porque nos comentários um leitor faz uma crítica quanto à seleção destes autores).  

Bom, a matéria da revista Veja diz o seguinte:
Foi divulgada nesta quinta-feira a lista dos autores que estarão na Feira do Livro de Frankfurt 2013. São 70 nomes, de diferentes estilos e regiões brasileiras, que irão ao maior evento literário do mundo que tem neste ano o Brasil como país homenageado.
A seleção dos nomes foi feita por meio de uma curadoria compartilhada entre o crítico literário Manuel da Costa Pinto, Antonio Martinelli (SESC SP) e Antonieta Cunha (diretora de Livro, Leitura e Literatura da Fundação Biblioteca Nacional). Os critérios utilizados para a elaboração da lista foram a diversidade e a pluralidade, o equilíbrio entre escritores consagrados e a nova geração, a variedade de gêneros (prosa; poesia; ensaio, biografia e crítica literária; literatura infanto-juvenil e obras técnicas e científicas) e a qualidade estética. Também privilegiou-se o convite a autores publicados ou em vias de publicação na Alemanha e em outros idiomas estrangeiros, bem como os agraciados pelos principais prêmios de literatura do Brasil, de 1994 até hoje.
Além da homenagem no evento, o Brasil também será tema de uma intensa programação cultural que ocupará espaços culturais de Frankfurt de agosto a janeiro 2014.


Os autores que estarão na feira são:

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Dia Internacional da Mãe Terra


O Dia da Terra 2013 - ou, oficialmente, Dia Internacional da Mãe Terra - é uma data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2009 para marcar a responsabilidade coletiva para promover a harmonia com a natureza e a Terra e alcançar um balanço entre economia, sociedade e ambiente.
"O Dia Internacional da Mãe Terra é uma chance de reafirmar nossa responsabilidade coletiva para promover a harmonia com a natureza em um tempo em que nosso planeta está sob ameaça da mudança climática, exploração insustentável dos recursos naturais e outros problemas causados pelo homem. Quando nós ameaçamos nosso planeta, minamos nossa própria casa - e nossa sobrevivência no futuro", diz mensagem do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.
Contudo, a história dessa comemoração é bem mais antiga. O primeiro Dia Nacional da Terra ocorreu em meio ao movimento hippie americano, em 1970. Se por um lado a música e os jovens eram engajados, de outro os americanos viviam com seus carros com motor V8 e a indústria despejando produtos poluidores com pouco medo de represálias legais.
A ideia de uma data para marcar a luta pelo ambiente veio do senador Gaylord Nelson, após este ver a destruição causada por um grande vazamento de óleo na Califórnia, em 1969. Ele recebeu o apoio do congressista republicano conservador Pete McCloskey e recrutou o estudante de Harvard Denis Hayes como coordenador da campanha.
No dia 22 de abril, 20 milhões de pessoas nos Estados Unidos saíram às ruas para protestar em favor de um planeta mais saudável e sustentável. Milhares de escolas e universidades organizaram manifestações contra a deterioração do ambiente e engrossaram os grupos ambientalistas. Foi um raro momento que juntou até mesmo democratas e republicanos.
O resultado prático foi a criação da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos e dos atos do Ar Limpo, Água Limpa e das Espécies Ameaçadas. "Foi uma aposta", lembra o senador, "mas funcionou."

Com informações da Earth Day Network.

domingo, 21 de abril de 2013

Meu filho é Indigo

Acho interessante este assunto. Até já comprei um livro (acho que emprestei antes mesmo de ler.rss). Estava navegando e vi essa matéria, resolvi guardar aqui onde posso ler outras vezes.

Pais relatam a experiência de conviver com crianças que eles classificam como especiais, ainda que sem comprovação científica. Entenda o que são as crianças índigo

Mesmo antes de ter seu primeiro filho – Henrique, hoje com cinco anos – a dona de casa Alessandra, que prefere não revelar seu sobrenome, achava que seria mãe de uma criança mais avançada que as outras. “Eu havia sonhado que duas freiras me entregavam o bebê e diziam que a profecia se concretizava”, revela. Quando o menino começou a falar, mostrou-se diferente. “Ele sempre pediu que eu rezasse, diz que vê uma luz dourada ao meu redor quando faço isso. Aos dois anos, me falou que não conseguia entrar no quarto de brinquedos porque havia um jacaré lá, e eu precisava rezar para o bicho ir embora. Rezei e ele foi acompanhando com os olhos a ‘saída’ do animal”, conta.

À medida que Henrique cresce, outras características especiais se manifestam. “Ele é muito questionador e não se contenta com um ‘não’ como resposta; argumentamos como adultos e ele fica satisfeito. Também é livre, independente, agregador e se preocupa com os outros, coloca as mãozinhas sobre machucados para curá-los. Com pequenos comentários, nos faz refletir sobre nossas atitudes e crescer como seres humanos”, enumera a mãe. E então Alessandra descobriu que seu filho poderia ser classificado como uma criança índigo.

De acordo com a literatura sobre o assunto (alguns dos livros de referência são “Educando Crianças Índigo – Uma Nova Pedagogia para as Crianças da Nova Era!”, de Egidio Vecchio, e “Crianças Índigo – Uma Visão Espiritualista”, de Rosana Beni), as características do garoto são mesmo as de um índigo. O conceito surgiu em 1982, com a publicação de “Entendendo sua Vida Através da Cor”, da norte-americana Nancy Ann Tappe. Nele, a parapsicóloga descreve um novo padrão de comportamento de algumas crianças nascidas a partir dos anos 1970, que vieram ao mundo para provocar uma grande transformação social e que teriam a aura azul – daí o “índigo” do nome.
Mas não é só de paz e espiritualidade que o universo das crianças índigo é composto. Algumas de suas características negativas são a falta de concentração quando a atividade não é de seu interesse, pouco respeito por autoridade e a distração excessiva. A secretária Daniela Santos notou isso em sua filha Júlia, de quatro anos, e preferiu procurar ajuda médica. “Para mim, ela tinha TDAH [transtorno de déficit de atenção com hiperatividade] . Conversei com o pediatra e ele pediu exames, que não indicaram nada neurologicamente errado com ela. Foi então que algumas pessoas da minha família começaram a me falar que achavam que a Júlia era índigo”, afirma.
A ideia foi inicialmente rejeitada por Daniela. “Sou muito católica e achava que isso era coisa de espírita”, justifica-se. Depois de ler sobre crianças índigo e desfazer essa impressão – o espiritismo não é a “religião oficial dos índigos”, apenas aceita melhor a questão –, convenceu-se de que sua menina é uma delas. “Chamou muito minha atenção saber que os índigos amam a natureza e os animais, sofrem por causa de violência contra eles. A Júlia é assim, fica mais à vontade no parque do que em casa e chora se vê um cãozinho ou um gatinho machucado”.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

De volta à motocagem

Já se passaram 2 meses, achei que estava na hora de “arriscar” fazer um passeio de moto.
Lembro quando foi a última vez, até porque a dor que senti foi muito forte. Um passeio rápido, no Domingo/10 de fevereiro, um dia após eu ter caído, até então não sabia que com a queda tinha trincado o cóx.
Como já não sinto tanta dor, falei para o Zé que a gente podia dar uma voltinha. Ele já estava aguado, até deu umas voltinhas sozinho, mas diz que é ruim.
Depois de um dia chuvoso, o céu estava bonito, o sol aparecia por entre as nuvens, não estava quente, isso é bom. Também não tinha previsão de chuva, melhor ainda.
O Zé sugeriu irmos para Holambra, até porque mais que isso não daria. E assim fizemos. Depois de darmos uma voltinha pelo centro turístico paramos para almoçar em um Clube Recreativo. O local muito gostoso, tinha opção de ficar nas mesas embaixo de uma árvore enorme. Resolvemos ficar na área coberta, até porque tinha um músico tocando e cantando, gostamos disso. Almoço self-service, muito bom, bastante variedade, alguns pratos típicos holandeses. O Zé experimentou alguns. Eu não gosto muito de experimentar comidas diferentes, já fiz isso e me estrepei.rss
Após o almoço fomos conhecer o Museu que fica ali mesmo. Espaço interessante, muitos maquinários, ferramentas, até trator, o que nos fez imaginar como foi dura a vida dos imigrantes. Entramos em uma casa (modelo) da época, os móveis antigos, tinha até pinico embaixo da cama.rss Nos barracões (abertos) muitas mesas e bancos de madeira, legal para sentar, ficar olhando em volta, bater papo.
Vamos sugerir para o pessoal como próxima opção para um almoço fora,  embaixo da "árvore enorme" tem balanço, gangorra, etc, diversão para as crianças, tem atrativos para todos.
Depois de curtirmos e apreciarmos tudo... hora de voltar pra casa. Fizemos um retorno tranquilo. Se eu falar que não senti nada, estou mentindo, senti um pequeno incômodo. Eu estava apreensiva, com receio, mas foi bom. Acredito que na próxima motocagem vai dar para ir um pouco mais longe.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Os pequeninos


Até tento não olhar pela janela, o que se torna impossível ao ouvir o choro de uma criança.
Todo dia é assim, o despertador toca, me levanto e começo a rotina matinal.
Abro a janela para entrar o ar e a claridade da manhã.
Da janela vejo o colégio, fico olhando, observando o movimento. É um vai e vem de carros (pais deixando seus filhos), portas batendo, tchau pra cá, tchau pra lá.
Alguns adolescentes chegam à pé, devem morar perto, talvez venham de ônibus.
Mas o que geralmente chama a minha atenção são “os pequeninos”. Eles são assim: alguns descem do carro, saem correndo em direção à porta de entrada e desaparecem escola adentro. Outros caminham um pouquinho, param, olham para trás e continuam.
O que me sensibiliza, são aqueles ficam por um longo tempo abraçados ao pai, ou à mãe e não querem largar. Chego a sentir o abraço deles. Provavelmente depois dos pais falarem algo que os convença, eles se soltam e começam a dar alguns passos em direção à porta, porém recuam e voltam chorando.
Eu fico olhando, observando, refletindo, o coração... apertado. Penso que os pais devem sofrer por terem que deixar o(a) filhinho(a) para irem trabalhar. Já passei por isso, e sofri muito. Acredito que meu filho também.
Comento com meu marido, ele acha uma judiação essas crianças tão cedo na escola, diz que na época dele não era assim. Na minha também não.
Passados alguns minutos, barulho e agitação cessam, os portões e as portas se fecham, agora o silêncio toma conta do local.
E amanhã é outro dia...

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Flip 2013

A Flip 2013 já tem data e autor homenageado.


Novamente com curadoria do jornalista Miguel Conde, a 11ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty será realizada entre os dias 3 e 7 de julho de 2013 e celebrará a obra de Graciliano Ramos.
No próximo dia 27 de outubro se completam 120 anos do nascimento do autor, natural de Quebrângulo, Alagoas. Escritor, jornalista e político, Graciliano Ramos teve uma vida em que a literatura e a política se entrelaçaram e, não raro, as convicções e atividades políticas inspiraram suas obras de forte conteúdo social.
Memórias do Cárcere revela sua amarga experiência no período em que esteve preso durante a ditadura de Getúlio Vargas, em 1935, acusado de subversão. Vidas Secas, um de seus mais celebrados trabalhos, retrata, por meio de um relato indignado, as agruras dos retirantes nordestinos castigados e humilhados pela seca.
Os escritores homenageados nas edições anteriores da Flip foram Vinicius de Moraes (2003), Guimarães Rosa (2004), Clarice Lispector (2005), Jorge Amado (2006), Nelson Rodrigues (2007), Machado de Assis (2008), Manuel Bandeira (2009), Gilberto Freyre (2010), Oswald de Andrade (2011) e Carlos Drummond de Andrade (2012).


* Poder prestigiar esse evento seria "tudo de bom"... ainda não vai ser dessa vez!
 Quem sabe quando homenagearem meu ídolo Mário Quintana isso seja possível.