segunda-feira, 3 de junho de 2013

Nossos sentimentos as vezes nos enganam

Minha amiga... Vou te contar uma história:

Era uma vez uma mulher, esposa e mãe dedicada. Beirando os 40 anos de idade. Em alguns meses completaria 18 anos de casamento. Não trabalhava, opção que tomou junto com o marido assim que engravidou do primeiro filho. Tinha três filhos. Um dia ela teve que tomar a difícil decisão de pedir a separação. Motivo: O marido confessou estar apaixonado por uma "amiga" do trabalho.
Ele não queria se separar, dizia que a amava, e aos filhos também. Estava confuso... Era sua justificativa para não tomar uma decisão.
Ela podia ter ficado com ele, sofreria aos poucos, uma vez que provavelmente não esqueceria o ocorrido. Mas escolheu sofrer de uma vez, pegou os filhos e saiu de casa.
A separação no papel aconteceu após uma semana. Naquela mesma semana ele já foi visto circulando com a "amiga" (paixão) do trabalho.
Menos de um mês após a separação, ele a procurou pela primeira vez. Eles reataram e após alguns dias ele foi embora. E esse vai e vem aconteceu por pelo menos umas sete vezes.
Ela aceitava e sofria cada dia mais. Já estava em pele e osso, tamanho era o sofrimento.
Já estava sendo motivo de “piada” perante a família e amigos. Ela não conseguia enxergar isso, o amava e isso bastava.
Um dia ele (chorando) falou que ia embora. Só que neste dia foi diferente. Ele implorou para ela não o aceitar mais, caso voltasse a procurá-la. Mais uma vez a decisão ficou nas mãos dela. Diante desse pedido, ela quebrou o celular na frente dele, afinal era através dele que os contatos antes de cada volta aconteciam. E então, neste dia, ele foi embora... Definitivamente.
Ela ainda acreditava que ele pudesse encontrar algum outro meio de procurá-la. E assim permaneceu, no seu canto, chorando, orando e esperando... Esperando... Esperando.
Algum tempo depois, em uma tarde de Domingo, seu irmão caçula juntamente com a esposa, veio lhe fazer uma visita.
Geralmente eles passavam para saber como ela e os filhos estavam. Acompanharam todo o seu sofrimento. Por serem bastante religiosos, estavam sempre orando por todos e para que a situação se resolvesse. Nesta tarde, no meio da conversa ela diz ao irmão que sentia que o ex-marido ainda a amava.
Seu irmão sorriu, mas ela percebe que esse sorriso é de quem está querendo dizer:
_Você está enganada, completamente enganada!
Ou então:
_Você está sonhando, acorda minha irmã!
Ele ainda lhe deu alguns conselhos. Ela lembra de alguns:
_ Se ele te amasse, estaria aqui.
_ Se ele te amasse não teria feito isso com você.
Ela ouviu os conselhos, se bem que não gostava de ouvir aquilo. Mas de tudo, ela nunca esqueceu daquele sorriso! Um sorriso que disse tudo!!

 ***
Lembrei dessa história após uma conversa com uma amiga. Ela passou por situação semelhante. Não chegou a casar, não teve filhos. A semelhança está em acreditar que o ex ainda a ama. Essas foram as palavras dela que me levaram a pensar e relembrar:
_"Meus sentimentos e minha cabeça me dizem que ainda tenho chance com ele.”

Sei que cada um tem que passar por aquilo que veio destinado. São situações que se repetem e geralmente todas têm o mesmo final. Bom seria se pudéssemos aprender com os erros dos outros, somente com os erros dos outros. Mas aí não daríamos chance ao outro. Afinal ainda acreditamos que nem todos são iguais.

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