quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Esperança

Esperança

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança
E ela pensa que quando todas as sirenas
Todas as buzinas
Todos os reco-recos tocarem
Atira-se
E — ó delicioso voo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança…
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA…

Mário Quintana
E com este poema eu encerro mais um ano, desejando muita ESPERANÇA para o ano vindouro. 
Feliz Ano Novo pessoal. Nos vemos em 2015!!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Sobre mim, e as músicas.

De vez em quando vou postar músicas que amo, e que me trazem lembranças de lugares, pessoas, situações. E essas lembranças podem ser tanto boas, como ruins. Não tenho preconceito.rss
Mas não vou postar só por isso. Para relembrar.  Vou postar principalmente porque, como todos - que me conhecem - sabem, música é “uma” das minhas paixões.
Só que tem um detalhe muito importante. Quando digo que gosto de música, deixo claro que, o que vem primeiro é a melodia. Eu vibro ao som de um instrumento de percussão.  Fico encantada ao ouvir o som de um violão. Enfim, sou apaixonada pelo som dos instrumentos musicais. Não vou especificar quais, até porque não conheço e não entendo nadinha deles.
Não que a letra não seja importante. Claro que é! Porém, vocês vão perceber – ou entender o que estou dizendo - quando eu postar algumas músicas, que a letra não tem nada a ver... COM NADA.
Ou seja, não tentem tentar desvendar o que eu estou querendo transmitir quando digo que gosto de “tal” música, porque vão perder tempo.rss
Acontece que não entendo nada, nada, nada de inglês.  Sou da geração do “enrolation” e “embromation”. Época em que a gente trabalhava e dava todo o dinheiro em casa. Estudava em escola pública, onde na aula de inglês tinha o básico do básico. Isso quando tinha. Pagar cursinho de inglês era só para quem podia. Internet não havia.
Mas nem tudo foi culpa da falta de recursos financeiros ou tecnológicos. Eu acho que não tenho o menor dom para falar inglês. Menos ainda para entender. Isso porque hoje tenho a oportunidade - tanto financeira como tecnológica - para aprender e não faço o menor esforço.
Bom, mas não estou aqui para meter o pau em mim.rss Estou só respondendo (antes mesmo dos questionamentos) que gosto de uma música quando a melodia me embala, me envolve. Quando toca lá no fundo do meu coração, fazendo-o pulsar apertadinho. Ou quando faz meu corpo balançar sem mesmo que eu perceba.
Certas músicas fazem isso comigo. E estarei dividindo-as com vocês. Se bem que... Já tenho feito isso!rss

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

O que foi que eu fiz?

Ontem sobrou até pra mim. Tudo porque a Izabela pediu demissão.
Ela foi falar com o patrão e voltou muito chateada. Disse que ele foi hostil com ela. Falei para ela que a reação dele foi primeiramente porque não esperava (pelo menos não dela) e depois porque ele a considerava muito.
Depois disso, foi perceptível a mudança de humor dele. Falava com a voz alterada, com todos.
Não demorou muito e escuto: Margareth. Detalhe: Geralmente ele interfona.
Olhei para as meninas e perguntei: O Lucatto me chamou? E elas sinalizaram com a cabeça um sim.
Fui até a sala dele e ele pediu para eu localizar um documento.  Percebi que ele estava com o semblante bastante tenso.
Fiz o que ele pediu e graças a Deus deu a hora do almoço.
Já na cozinha as meninas começaram a me zuar.
A Carlinha disse que quando ouviu ele me chamar pelo nome, pensou: Nossa! O que será que a Margô aprontou.

Chamou pelo nome é que está bravo. O que eu fiz... Eu não sei.rss

sábado, 13 de dezembro de 2014

Trilha Sonora (novelas) - Coração Alado

A terceira música da série "trilha sonora - novelas" é uma nacional. "Noturno" com Fagner foi tema de abertura da novela Coração Alado. Confesso que não foi nada fácil escolher só uma, quando se tem "Meu Bem Querer", Só nos Resta Viver", "Quero Colo" entre outras. Mas eu gosto demais do Fagner. Por isso escolhi "Noturno". E olha que, por enquanto estou me referindo à trilha nacional. E a internacional então? Está repleta de canções maravilhosas. Sendo assim, me aguardem, pois, com certeza voltarei com mais músicas dessa novela.
  


Título: Coração Alado
Horário: 20:00
Data de estréia: 11/08/1980
Canal do Programa: Rede Globo
Autoria: Janete Clair
Direção: Jorge Fernando, Roberto Talma


Sinopse: Juca Pitanga é um artista plástico talentoso, que deixa sua cidade natal, no norte do Brasil e vem para o sudeste para ter maior visibilidade em sua carreira. Na cidade grande, ele fica dividido entre o amor de duas mulheres: Catucha e Vivian. Num outro núcleo da novela, há a personagem Maria-Faz-Favor, que se submete aos caprichos do barão Von Strauss, um mal caráter que só a explora.

Elenco: 
Aracy Balabanian - Maria
Carlos Vereza - Gabriel
Chica Xavier - Carmem
Cissa Guimarães - Carla
Clementino Kelé
Debora Duarte - Catucha
Diogo Vilela - Gérson
Eva Todor - Hortência
Isabella Bicalho
Joana Fomm - Melissa
Leonardo Villar - França
Marcelo Picchi - Cláudio
Maria Zilda Bethlem - Glorinha
Monique Lafond - Danúbia
Myrian Rios - Xandinha
Ney Latorraca - Leandro
Nívea Maria - Roberta
Otávio Augusto - Fábio
Paulo Figueiredo - Anselmo
Sônia Clara - Luciana
Tarcísio Filho - Carlinhos
Tarcísio Meira - Juca
Vera Fischer - Vivian
Walmor Chagas - Karamy

Trilha Nacional:
Momentos (tema de Catucha) - Joana
Ponto de Interrogação - Luiz Gonzaga Jr.
Moda de Sangue (tema de Gabriel e Roberta) - Elis Regina
Escravo da Alegria - Vinicius e Toquinho
Só nos Resta Viver - Angela Ro Ro
Você e Eu, Eu e Você - Tim Maia
Lavadeiras - Denise Emmer
Ela e Eu - Maria Bethânia
Pássara - Francis Hime e Chico Buarque
Meu Bem Querer (tema de Vivian) - Djavan
Quero Colo - Fábio Jr.
Sem Companhia - Clara Nunes
Viajante (tema de Juca Pitanga) - Dominguinhos
Noturno (tema de abertura) - Fagner

Trilha Internacional:
The Winner Takes It All - ABBA
Survive - Jimmy Buffet
I'm So Glad That I'm a Woman - Love Unlimited
All Out Of Love (tema de Catucha) - Air Supply
First Be a Woman - Leonore O'Malley
After You - Michael Johnson
More Love - Kim Carnes
Sailing (tema geral) - Christopher Cross
I Love You Dancer - Voyage
Shine On - L.T.D.
Rescue-me - A Taste Of Honey
Roller Shake - La Flavour
Might Spirit - Commodores
You'll Never Know - Henry Mancini

E você... Viu alguma música da trilha nacional ou internacional que te traz recordações?

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Da importância da oração


Um homem recebeu, certa vez, a visita de alguns amigos.
- Gostaríamos muito que nos ensinasse aquilo que aprendeste todos estes anos – disse um deles.
- Estou velho – respondeu o homem.
- Velho e sábio – disse outro. – Afinal de contas, sempre te vimos rezando durante todo este tempo. O que conversas com Deus? Quais são as coisas importantes que devemos pedir?
O homem sorriu.
- No começo, eu tinha o fervor da juventude, que acredita no impossível.
Então, eu me ajoelhava diante de Deus e pedia para que me desse forças para mudar a humanidade.
“Aos poucos, vi que era uma tarefa além das minhas forças. Então comecei a pedir a Deus que me ajudasse a mudar o que estava à minha volta.
- Neste caso, podemos garantir que parte de seu desejo foi atendido – disse um dos amigos. – Seu exemplo serviu para ajudar muita gente.
- Ajudei muita gente com meu exemplo; mesmo assim, sabia que não era a oração perfeita. Só agora, no final de minha vida, é que entendi o pedido que devia ter feito desde o início.
- E qual é este pedido?
- Que eu fosse capaz de mudar a mim mesmo.

Paulo Coelho - Do livro "Histórias para pais, filhos e netos".

domingo, 7 de dezembro de 2014

Cuidando dos cabelos

Lembram do dia que eu tomei banho de molho de tarê? Que eu falei que o pior foi o cabelo? Tem fundamento.
Também, não é por menos! Cuidar deles, exige dedicação e um certo tempo. Tudo porque eu tenho que fazer hidratação frequentemente, pois além de eu ter cabelos secos, nos últimos anos tenho feito mechas. As mechas são para disfarçar os cabelos brancos que em menos de duas semanas começam a dar o ar da graça. Quando o meu cabelo era preto, não vencia pintar. Pelo menos hoje em dia retoco a cor uma vez ao mês.
Faço a hidratação em casa, uma vez por semana. No Sábado ou Domingo. Depende da vontade. Ou paciência.
Se eu pudesse. Se eu tivesse tempo ($$$) eu faria isso em um salão, mas isso não me pertence.rss
Já reclamei aqui no meu blog, em outra ocasião o quanto é sacal ser mulher. Todos esses cuidados tem hora que enche.
Bom, a minha hidratação dura mais ou menos 1 hora. É todo um ritual.
Levo para o banheiro: Livro, óculos, relógio, toalha de banho. Então começo: lavo o cabelo. Seco um pouco. Massageio com o creme repositor de massa capilar. Coloco a touca. Vejo no relógio que horas são. Coloco os óculos e sento-me no vaso. Com a tampa fechada, é claro.rss
Começo então a ler o livro escolhido para me acompanhar nesse momento de isolamento. Ah, esqueci-me de falar que fico trancada no banheiro durante todo esse processo.
É que quando conheci o Zé, ele um dia comentou que ver o companheiro (a) de touca na cabeça dá separação. Nem precisou falar duas vezes. Entendi.rss
Isso porque ele não viu essa touca de fazer hidratação. Horrorosa! De alumínio por dentro e cheia de bolinhas de isopor por fora. Dá pra imaginar a belezura que eu fico?rss
Passados 30 minutos, eu lavo o cabelo. Seco um pouquinho e depois coloco outro creme. Agora o desamarelador. Touca no cabelo por mais 10 minutos.
Depois de lavar o cabelo - pela terceira vez, já dá para abrir a porta do banheiro. Mas ainda não acabou! Ainda tem um balm protetor pós-reposição, e finalmente... Secar o cabelo.
Agora imaginem. Depois de eu ter passado por tudo isso, acidentalmente tenho o cabelo banhado por molho tarê. Não é para surtar?
Só para constar. Neste momento estou fazendo hidratação. Estou com aquela touca - linda - na cabeça.kkk E estou fora do banheiro... Estou na sala!! 
Hoje o Zé foi caminhar. Sendo assim: “let it go, let it go”.
Minha touca 

Build - Housemartins.



Essa música me lembra dos meus filhos. E uma época de nossas vidas.
Não que a letra diga algo sobre a gente. Se bem que o título definia uma nova fase de nossas vidas. A construção de novos caminhos...
Eu estava recém-separada.  Morávamos na casa do Santa Bárbara.
Lembro que a gente via o vídeo e cantávamos em um só coro: pa pa pa papel.
E ríamos de ver o ritmo – acelerado - do vocalista. Um pouco diferente do ritmo da música.rss
Então, é isso! Quando ouço essa música, lembro-me daquela época em que, apesar de eu estar pra baixo... Deixou saudades!

sábado, 6 de dezembro de 2014

Aniversário de 05 anos do Blog


Meu blog está completando mais um ano. Está ficando velho. E cada vez mais experiente. Mais cheio de histórias. Como a gente, não é?
Isso pode ser visto nas postagens. Este ano, até o momento foram 146.
Eu fico feliz por mantê-lo ativo. Mesmo com a correria do dia a dia, consigo lembrar-me dele. E com isso vou pegando gosto...
Parabéns meu querido bloguinho. Que nós possamos comemorar juntos muitos anos.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

A mulher acabada

"Nunca houve retorno de irmãos, nem mesmo para breve visita. Eu confesso que desejei. Imaginei motivos. Quem sabe uma devolução de amor. Não é possível que a fraternidade não tenha deixado rastros. Um fio tênue de saudade talvez. Uma lembrança a ser dividida; um pedido de perdão que por acaso tenha sido gerado num breve engasgo de remorso, quando a consciência esclarecida faz vir à luz o erro cometido, não sei."

***
O que é pior: Sentir saudades de quem já se foi, morreu. Ou sentir saudades de quem vive e nos esqueceu? Eu acho que a segunda situação, pois além da saudade, fica também o sentimento da rejeição, do abandono voluntário. Afinal ninguém escolhe morrer, mas escolhe se quer visitar - ou não - um parente. 
O trecho acima foi um dos que mais me comoveu, até porque tenho irmãos e não suportaria ser esquecida por algum deles. 
Em "A mulher acabada" Pe.Fábio narra a estória de dona Florinda, uma senhora de mais ou menos 90 anos. Não que no livro conste a idade dela, mas baseada no que está escrito (e copiei a seguir), cheguei à essa conclusão. "Eu comecei nos idos de 1922, quando, numa manhã fria de junho, fui recebida pelas mãos ágeis da parteira Leonira. A casa já estava cheia. Minha mãe trouxe ao mundo oito filhos homens. Fui a última a nascer".
Ela cresceu cuidando dos afazeres domésticos, juntamente com a mãe. Paixão só teve uma, Rômulo. Um rapaz que trazia verduras até sua casa. Eles flertaram durante dois anos, mas, devido aos impedimentos dela (o autoritarismo dos irmãos,do pai, cuidar da casa, etc), ele acabou desistindo e casou-se com outra.
Os irmãos aos poucos foram casando e saindo de casa. Com a morte da mãe e depois do pai, ela passou a viver sozinha na casa. Ela e as lembranças do passado.
Uma tarde, tomando chá com as amigas, ela ouve uma dizer a outra o quanto estava acabada. Foi um tapa na cara dela. Mas, no fim, ela acaba concordando. Ela estava mesmo acabada! E não era só por causa da idade avançada, mas principalmente pelas frustrações da vida. O desprezo dos irmãos. Ser abandonada pelo homem amado. Tudo isso "acabou" com ela. Literalmente.
"Lugar de sofrer é na intimidade do lar. Os antigos sabiam disso. A espessura das paredes de minha casa me autorizam choro e gritos inconsoláveis. Foi o que fiz. Por duas horas e meia, debulhei-me em lágrimas diante do espelho de minha penteadeira. Depois de digerida a ofensa, tomei um café amargo e cheguei à conclusão de que Neusa estava coberta de razão. Estou mesmo acabada. O rosto que tenho não combina com inícios. Eu tenho cara é de fim, epílogo... O que sobrou são os créditos finais, assim como no cinema, quando, depois de longa projeção, o filme é reduzido a nomes que não nos interessam e que sobem lentamente ao som de uma trilha sonora triste perpassada por sons diminutos. Eu estou mesmo acabada."

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Também Queria Te Dizer


No monólogo “Também Queria te Dizer – Cartas Masculinas”, o ator Emilio Orciollo Netto mostra versatilidade ao interpretar seis homens que fazem desabafos sobre a condição masculina.
Dirigido por Vitor Garcia Peralta, o espetáculo traz uma compilação de cartas extraídas do best-seller “Tudo o que eu Queria te Dizer”, de Martha Medeiros. Nelas, homens expressam com sensibilidades suas angústias acerca de temas como culpa, traição, preferências sexuais, aborto, vida e morte ao narrar histórias engraçadas, trágicas e surpreendentes.

Sinopse extraída daqui, com pequenas alterações. 


Assistimos à peça acima no último Sábado - 29/11, no Teatro Brasil Kirin – Sessão das 21hs. Sou admiradora da Martha Medeiros. Também queria conhecer pessoalmente o Emilio Orciollo Netto. Sendo assim, não ficamos esperando para ver se ganharíamos no Correio Cult. O Zé comprou os ingressos. Escolheu as cadeiras E14 e 15.
O cenário bem simples. O ator com vestes simples e descalço. A interpretação fantástica. Enquanto ele falava, gesticulava... Eu ficava pensando. Meu Deus! Como consegue decorar tudo isso!
O monólogo dura quase uma hora. Das seis cartas, algumas prenderam mais a minha atenção. Tem a do rapaz que escreve para a mãe do amigo que morreu em um acidente de carro. Um pedido de desculpa por ter causado a morte do amigo, pois ele que dirigia o veículo. A outra é de um homem que está em um sanatório.   
No final, o ator agradece ao público a atenção, afinal, segundo ele um monólogo pode acabar sendo chato, mas que não é uma tarefa fácil para o intérprete. Ele justifica dizendo que, além da concentração no texto em si, o ator não pode se distrair com um ou outro acontecimento na plateia, como aqueles que chegam após o início do espetáculo, ou o barulho do ronco do expectador que está na primeira fila. Sério! Um homem dormiu. O Zé disse que ouviu. Pode isso? Que feio.
E no final ele nos presenteou com a carta abaixo. 


domingo, 30 de novembro de 2014

Banho de molho "tarê"

Alguém já tomou banho de molho tarê? E pelas costas? Ontem eu fui premiada. E estava no Shopping. E isso aconteceu minutos antes de entrar no teatro para assistir uma peça.
Eu estava sentada na praça de alimentação, esperando o Zé chegar com o nosso lanche. Conversava com a minha Dinda. De repente ouvi um barulho e senti que algo líquido – e frio – atingiu minha blusa, calça, bolsa. Sobrou até para o cabelo. Esse foi o pior!
Olhei para trás vi uma garrafa de água caída sobre a mesa. Ao cair ela atingiu a vasilha de molho tarê. E ele espirrou todinho em mim. A mulher ficou com os olhos arregalados, pedindo mil desculpas. Nós pegamos os guardanapos que tinha na mesa e começamos a me limpar.  
Nisso o Zé chegou com o lanche. Eu pedi para elas irem me limpando enquanto eu comia. Tinha que comer rápido, pois, dentro de 15 minutos começava a peça.
Eu ria para não chorar. Olhava para os lados e via as pessoas das outras mesas olhando – com pena de mim. Alguns olhavam em direção da mulher, culpando-a. Eu comia enquanto as duas me limpavam.
Eu estava com uma blusa estampada. Deu para disfarçar. A calça bege. A sorte (se é que se pode dizer essa palavra depois disso) é que ela sujou na altura do bolso da frente. Eu segurei a bolsa por cima para esconder. O cabelo não teve jeito. Quem ficou atrás deve ter estranhado. Umas partes melecadas.
Não tinha muito que fazer. Confesso que se tivesse tempo, eu desceria em alguma loja para comprar outra roupa. Talvez fizesse a mulher pagar.rss Não. Eu não faria isso.
Mas a gente não tinha mais tempo. Eu fiquei nervosa, mas acho que mais nervosa ficou a mulher. O olhar de desespero dela me comoveu.
Acredito que entre todos os males, o pior era que eu ia ter que chegar em casa e lavar o cabelo. Depois secar. Sabe-se lá que horas seria isso, afinal a peça ia começar às 21 horas. Isso sem levar em consideração a hidratação que eu tinha feito durante o dia.
A hidratação eu perdi. Só espero não ter perdido a blusa e a calça.rss

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Trilha Sonora (novelas) - Selva de Pedra (1a Versão)

Segunda música da série "Trilha Sonora-novelas": Rock And Roll Lullaby - B.J. Thomas. Tema de Cristiano (Francisco Cuoco) e Simone (Regina Duarte) na novela Selva de Pedra. Talvez essa música seja uma das mais lembradas quando falamos em novela. Até hoje podemos ouvi-la sendo tocada nas rádios. Um verdadeiro clássico!





Título: Selva de Pedra
Horário: 20:00
Data de estréia: 12/04/1972
Canal do Programa: Rede Globo
Autoria: Janete Clair
Direção: Daniel Filho, Walter Avancini

Sinopse: O casal Cristiano e Simone fogem para o Rio de Janeiro depois que Cristiano mata acidentalmente o filho de um homem poderoso na pequena cidade onde moram. No estaleiro onde trabalha, Cristiano conhece Fernanda, uma das principais acionistas da empresa, que se apaixona por ele. Os dois decidem se casar, para o desespero de Simone. Esta sofre um acidente e dada como morta, mas reaparece assumindo uma outra identidade: Rosana Reys. Arrependido, Cristiano desiste de Fernanda, abandonando-a no altar. A noiva planeja uma vingança contra ele. Enquanto isso Cristiano reconhece Simone em Rosana, mas ela não assume sua verdadeira identidade até ser desmascarada, num capítulo que deu 100% de audiência para a novela.

Elenco:
Agnes Moura - Irene
Álvaro Aguiar - mestre Pedro
Ana Ariel - Berenice
Ângela Leal - Jane
Antonio Ganzarolli - Pipoca
Arlete Salles - Laura
Arnaldo Weiss - Chico
Betty Gofman - Monique
Buza Ferraz
Carlos Eduardo Dalabella - Caio
Carlos Vereza - Miro
Célia Coutinho - Cynthia
Dina Sfat - Fernanda
Dorinha Duval - Diva 
Ednei Giovenazzi - Jorge
Emiliano Queiroz - Marcelo
Fernanda Torres - Simone
Francisco Cuoco - Cristiano Vilhena
Francisco Dantas - Neves
Francisco Milani
Germano Filho - Abude
Gilberto Martinho - Aristides Vilhena
Heloisa Helena - Fanny
Hildegard Angel - Beatriz
Ida Gomes - Heloise
Ivan Cândido - Baby
Jorge Caldas - Gastão
João Paulo Adour - Guido
Juan Daniel
Jurema Pena - Sofia
Kadu Moliterno
Louise Macedo - Clarice
Lícia Magna - dona Maria Amélia
Lídia Matos - Vivi
Marcos Waimberg - César
Maria Cláudia - Kátia
Mário Lago - Sebastião
Neuza Amaral - Walkíria
Nicette Bruno - Fany
Regina Duarte - Simone Marques
Roberto Bonfim - Zé
Rogério Fróes -Roger Martin
Suzana Faini - Olga
Sônia Braga - Flávia
Sônia Clara - Lúcia
Tamara Taxman - Madalena
Tessy Callado - Zelinha
Urbano Lóes - Feliciano Dávila
Walmor Chagas - Aristides

Trilha Nacional:
Selva de Pedra (tema de abertura) - Orquestra e Coral Som Livre
Capitão de Indústria - Djalma Dias
Mandato - Osmar Milito e Quarteto Forma
Rhythmetron op 27 - Marlos Nobre
O Beato - Marcos Valle
Corpo sano em mente sã - Osmar Milito e Quarteto Forma
Simone - Ângela Valle e Eustáquio Sena
Ligação - Orquestra e Coral Som Livre
Corpo Jovem - Luis Roberto
Ritual - Marlon Nobre
Longo de dior - João Luiz
América Latina - Osmar Milito e Quarteto Forma

Trilha Internacional: 
Frigtened Girl - Silent Majority
La Questuion - Françoise Hardy
Jesus - Billbox Group
Ain't no Sunshine - Michael Jackson
A Test Of Excitement - Carnaby Street Pop Orchestra and Choir
Son Of My Father - Giorgio
Floy Joy - The Supremes
Rock And Roll Lullaby - B.J.Thomas
Mary Blind Mary - Laurent & Mardi Gras
If You Want More - Free Sound Orchestra
Feel The Need - Damon Shawn
Let It Ride - Hard Horse


E você... Viu alguma música da trilha nacional ou internacional que te traz recordações?

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Banho... De chuva!

Segundo o Zé, eu fui batizada. Deve ser a linguagem que eles – os motociclistas – utilizam quando tomam um banho de chuva.
Isso aconteceu há dois dias. Em plena Segunda-feira. Ninguém merece. Até porque faz meses que estamos rezando para chover. Caramba! Não podia ser em outro dia? 
O Zé foi me pegar no trabalho, pra gente ir ao Poupatempo do Shopping Campinas. Ele foi de moto porque tinha receio de não conseguirmos chegar a tempo.
Confesso que assustei quando olhei pela janela do escritório e vi o céu escuro. O temporal estava se formando. Espero que ele tenha vindo de carro. Pensei.  Quando vi que ele estava de moto bateu o desespero. Pedi para a patroa para sair mais cedo. Saí correndo, subi na moto e partimos...
Eu fui explicando o caminho para o Zé. Olhava para o céu e via que a gente estava indo de encontro à chuva. Por sorte, chegamos junto com os primeiros pingos. Ufa!
Mas na saída do Shopping, voltando para casa, não conseguimos escapar. Mal saímos e pegamos a chuva. Chuva por cima e pelos lados. Não tem jeito, os carros passavam nas enxurradas, e lá vinha água sobre nós.
Fiquei um pouco com medo dos raios e trovões. Mas, enfim chegamos bem. Molhados!!

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Trilha Sonora (novelas) - Água Viva

Primeira música da série "Trilha Sonora-novelas": Lead Me On - Maxine Nightingale. Essa música foi tema de Lígia (Betty Faria) e Nelson (Reginaldo Faria) na novela Água Viva. 



Título: Água Viva
Horário: 20:00
Data de estréia: 04/02/1980
Canal do Programa: Rede Globo
Autoria: Gilberto Braga, Manoel Carlos
Direção: Paulo Ubiratan, Roberto Talma

Sinopse: A história gira em torno dos irmãos Fragonard: Nelson, um campeão de pesca, e Miguel, renomado cirurgião plástico, envolvidos com Lígia, mulher humilde que procura ascender socialmente de todas as maneiras. A novela apresenta também o drama da pequena órfã Maria Helena, ajudada pela batalhadora Suely. O cantor Peter Tosh fez uma participação especial, cantando para o elenco da novela numa festa na casa de Stela. A atriz Henriette Morineau participou nos últimos capítulos como uma amiga de Stela Simpson.

Elenco:
Ângela Leal - Suely
Aracy Cardoso - Vilma
Arlete Salles - Celeste
Beatriz Segall - Lourdes Mesquita
Betty Faria - Lígia
Carlos Eduardo Dolabella - Heitor
Claudio Cavalcanti - Edir
Danton Jardim - Edson
Dary Reis - marinheiro Tinhorão
Edson Silva - Lafayette
Eloísa Mafalda - Irene
Francisco Dantas - Marciano
Fábio Jr. - Marcos
Giovani Madalena - marinheiro
Gloria Pires - Sandra
Hemilcio Fróes - Mauro
Ilva Niño - Antônia
Isabela Garcia - Maria Helena
Isis Koschdoski - namorada de Nélson
Ivan Candido - Téssio
Jacqueline Laurence - Clarice
John Herbert - Jaime
Jorge Fernando - Jader
José Lewgoy - Kleber
João Cláudio Melo - Paulo Roberto
Kadu Moliterno - Bruno
Lucy Mafra - fisioterapeuta
Lucélia Santos - Janete
Lícia Magna - Edite
Maria Alice Mansur - Cristina
Maria helena Pader - Mary
Maria Padilha - Beth
Maria Zilda Bethlem - Gilda
Mauro Mendonça - Evaldo
Milton Moraes - Sérgio
Márcia Veloso - Amélia
Natália do Vale - Márcia
Nildo Parente - advogado
Orion Ximenes - Valtinho
Raul Cortez - Miguel
Reginaldo Faria - Nelson Fragonard
Tamara Taxman - Selma
Tereza Sodré - Marinete
Tetê Medina - Lucy
Ticiana Studart - Lia
Tônia Carrero - Stela
Waleska Souto Maior - Patrícia


Trilha Nacional:
Grito de Alerta - Maria Bethânia
Desesperar Jamais - Simone
Altos e Baixos - Elis Regina
Menino do Rio  (tema de abertura) - Baby Consuelo
Realce - Gilberto Gil
Noites Cariocas - Gal Costa
20 e poucos anos - Fábio Jr.
Amor, meu grande amor - Ângela Ro Ro
Peito Vazio - Lúcia Araújo
Wave - João Gilberto
No tempo dos quintais - Elizeth Cardoso

Trilha Internacional:
Mandolay - La Flavour
Cruisin' - Smokey Robinson
Lead me on - Maxine Nightingale
Do that to me one more time - Susan Case & Sound Around
D.I.S.C.O - Ottowan
Memories - Bianchi
Babe - Styx
Just When I needed you most - Tony Wilson
Ships - Barry Manilow
Love I need - Jimmy Cliff
The second time around - Shalamar
Never (gonna let you go) - Charme
Just like you do - Carly Simon
I don't want to fall in love again - Voyage


E você... Viu alguma música da trilha nacional ou internacional que te traz recordações?

Trilha Sonora - Novelas

Houve uma época em que eu assistia novela. Quem diria, eu assistindo novela. E adorava! Não perdia uma. Só não digo que assistia a das seis, a das sete e a das oito, porque tinha que brincar. Já na adolescência tinha de ir à escola. E quando estava casada tinha que fazer janta. Senão...
Hoje não faço mais isso. Estou curada.kkkk
Brincadeira. Não critico quem assiste. Cada um na sua. Acho que esse negócio de ficar “ligado” nas novelas vai muito do ter o que fazer ou não. Hoje quase não paro em casa. Também tenho outros hobbies. Ouvir música, ler, malhar, escrever no meu blog ou mesmo visitar o blog dos filhos e amigos já me entretêm bastante.
Além do que, antigamente as novelas “pareciam” ter mais conteúdo. Menos apelação! Acho que peguei a melhor época delas. Quem não se lembra de “O Astro” e “Dancin’days”, da década de 70? Ou então “Roque Santeiro”, “Roda de Fogo” e “Vale Tudo” da década de 80? E “Rainha da Sucata” e “A Próxima Vítima” nos anos 90?
E, se as novelas são inesquecíveis, imagine as músicas que fizeram parte da trilha sonora. Algumas são verdadeiros clássicos! Não tem como a gente recordar uma novela e dos seus personagens e não se lembrar da música. Eu pelo menos sou assim.
Bom... Toda essa encheção de linguiça até agora, é para dizer que vou postar no meu blog (de vez em quando), uma música que tenha sido trilha sonora de uma novela. Vou postar aquela que mais me tocou ou ainda toca profundamente. E de quebra vou colocar algumas informações da novela, como: enredo, elenco e lógico, as trilhas sonoras nacionais e internacionais.
Quanto a musica, se eu irei colocar nacional ou internacional, eu não sei. Se eu vou postar por ordem crescente (data em que a novela foi ao ar), também não sei. E se eu vou ser firme nesse meu propósito. Sei menos ainda. Mas, o que vale é a intenção. E são as melhores possíveis.  Podem acreditar!

Sendo assim... No próximo bloco, ou melhor, post a primeira música da série “Trilha Sonora”. 

domingo, 16 de novembro de 2014

Os Homens são de Marte

O Zé queria muito ir assistir essa peça. Não sei se pelo título ou se pela atriz.rss
Ele quis comprar uma semana antes e não o fez porque estamos cortando um pouco os gastos. E também estamos indo bastante ao teatro ultimamente, então...
Surpresa a nossa quando ganhamos os ingressos do Correio Cult. Ver uma peça que queríamos e em um teatro que adoramos. Excelente!
A peça foi no Theatro Municipal de Paulínia, às 19 horas. Nossos assentos eram na platéia alta: R01 e R03. A princípio achamos que seria muito longe, mas não eram não. Deu para ver e ouvir bem. Até porque a Mônica é alta e tem uma boa entonação de voz.rss
Na peça Mônica Martelli é Fernanda. Uma jornalista solteirona de 39 anos. Ela trabalha com eventos, organizando festas de casamento. A peça toda se passa na sala de terapia, onde ela conta a sua terapeuta suas aventuras - ou desventuras - amorosas. Ela está desesperada para encontrar um homem que queira se casar. E na idade que está qualquer gentileza a faz se apaixonar. São palavras dela. Sendo assim, ela se envolve em várias ciladas.
Ela conhece um político, um playboy, um gay, um naturalista que vive na Bahia. E para os momentos de escassez, ela tem até um "P.A", que seria um DJ que trabalha com ela nos eventos.
A vivência dela com esses homens, ou mesmo a expectativa que tinha com relação à eles, é bem o que vemos, ou ouvimos a mulherada - que estão nesse mesmo barco - comentar. Ou reclamar!
Sei que na vida real não e nada engraçado você viver ou ver uma conhecida sua passando por situações parecidas, mas ali, da maneira que Fernanda expressava, sendo em palavras ou gestos, não tinha como não achar muito engraçado e rir muito.
A Mônica também por ser alta, brincou dizendo que o "tamanho" dificulta mais ainda encontrar alguém. Será? Eu não sei. Sou baixinha.rss
No geral, a peça foi muito boa. A interpretação da atriz foi fantástica. O cenário (simples) composto de um sofá e um painel ao fundo. Que acredito, estava ali para que pudéssemos visualizar a silhueta de Fernanda que, ao som de uma música trocava o figurino.
O mais surpreendente foi o figurino. Ela usou um vestido. Somente um! E ele se transformou em pelo menos cinco diferentes modelos. Um para cada situação. Eu achei muito prático. Eu fiquei querendo um igual.rss
O final... Feliz! E pelo que ela falou, teremos continuação.
Vamos esperar para ver!

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Mais uma vez amor

Sinopse: Comédia romântica com Deborah Secco e Marcos Mion, que agora no palco, os dois vivem os encontros e desencontros de Rodrigo e Lia, casal que tem uma vida a dois nada tradicional. Juntos há muitos anos, eles se amam profundamente: na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe... Mas, na verdade, eles são casados com outras pessoas, mantendo um relacionamento fora dos padrões normais. Em cena, perguntam se são amantes, amigos ou nenhuma das respostas anteriores, e consideram que o casamento não precisa ser, necessariamente, o final feliz de um relacionamento duradouro. Para quem acredita em destino e em alma gêmea, a peça traz a surpresa de sugerir que este alguém tão especial pode não ser o ideal para se casar e ter oito filhos, nem mesmo para passar eternos dias no Caribe, como muitas pessoas sonham. Uma peça leve e que conta com a cumplicidade do público, que logo se identifica com a história.

Gênero: Comédia Romântica
Diretor: Ernesto Piccolo
Elenco: Deborah Secco e Marcos Mion
Duração: 90 min

Sensacional! Para mim, essa é a palavra que melhor define essa peça. Não vou dizer que é uma das melhores que assisti nos últimos tempos, porque estou me lembrando de outras muito boas e inesquecíveis também.
Deborah Secco e Marcos Mion juntos. Deve ser boa! Foi o que pensei quando o Zé falou de comprar ingressos. Eu não quis nem saber qual era o enredo. Não que eu seja fã da Deborah Secco. Aliás, não era. Depois dessa peça passei a ser. O Marcos Mion eu já tinha assistido uma peça com ele há alguns anos atrás e adorei. Lembro que na época eu não dava nada pra ele. Até porque não curtia o programa que ele apresentava na TV. Mas, na época ele me surpreendeu. E continua surpreendendo.
Fiquei de boca aberta com a atuação deles. Isso sem falar do corpo escultural de ambos.
Theatro Municipal de Paulínia
9/11/2014 às 19h
Plateia Baixa - Assentos: H01 e H03
A história começa em 1970, quando Lia e Rodrigo, que são amigos transam, pela primeira vez. Nesse dia Rodrigo pede Lia em namoro. Mas ela tem um namorado. Cada um vai para um lado e eles se reencontram anos mais tarde. Ficam juntos novamente. Dessa vez Lia está noiva.
Eles seguem suas vidas. Cada qual da maneira que deseja. Lia quer viver a vida intensamente e... Loucamente. Rodrigo é mais pacato. Sonha se estabilizar profissionalmente, quer casar e ter filhos.
O tempo vai passando e o “destino” continua colocando um no caminho do outro. Difícil. A gente fica ali na plateia, vendo o tempo passar e os dois que não tomam uma decisão. A decisão de ficarem juntos. Mas, não é simples assim, pois, o que acontece é que quando um decide pelo outro. O outro está comprometido. 
Bom, eu não vou contar o final porque quem não viu, tem que ir ver. Mesmo que não goste de teatro, acreditem. Ver a Deborah e o Marcos é muito gratificante!
E um conselho. Caso alguém fique convencido e resolva ir, procure sentar na primeira fileira. Tem uma surpresinha.rss

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Bem-Vindo estranho


Sinopse: “Bem-Vindo, Estranho” tem sua narrativa situada em Londres e retrata a conturbada relação de Jaki e Elaine, mãe e filha de classe trabalhadora. A dinâmica do espetáculo é ditada pela alternância de afeto e calor humano genuínos, com a maquiavélica e implacável manipulação à qual Jaki submete a filha, uma jovem advogada. O cotidiano das duas se complica à medida que Elaine obtém a absolvição de Joseph, acusado de ter assassinado a namorada e, apaixonada por ele, o traz para viver no claustrofóbico apartamento que divide com a mãe. Momentos de drama intenso e absorvente se alternam com pitadas de leveza, humor e sensualidade. Em paralelo, ficam claros os jogos intrínsecos às relações humanas. Até que ponto receber um estranho em casa pode abalar uma relação de confiança? Com cenário do renomado J.C. Serroni e inspirado na estética noir que sugere o texto, o diretor Murilo Pasta cria uma atmosfera densa de suspense e lirismo que deságua num coquetel explosivo de desejos incontroláveis cujas consequências são devastadoras.
Gênero: Drama
Elenco: Regina Duarte, Kiko Bertholini, Mariana Loureiro
Direção: Murilo Pasta

Fonte: http://www.ingresso.com/campinas/home/espetaculo/teatro/bem-vindo-estranho

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Pós-escrito de 23/11/2014
Nós tínhamos visto essa peça em cartaz e não nos interessamos, principalmente quando vimos que se tratava de um drama. Ah, na boa. De drama já basta a nossa vida! Mesmo assim participamos da promoção do Correio Cult. E para a nossa sorte... Ganhamos.
Ficamos felizes, afinal, seria a grande oportunidade de conhecer a Regina Duarte.
A peça foi no Sábado, dia 07/11/2014 às 21:00 no Teatro Brasil Kirin - Shopping Iguatemi. Ficamos na fileira M, assentos 16 e 17.
Assisti à peça inteira - um pouco - receosa. Com um pouco de medo. Confesso!
Logo no início, quando Joseph chega ao apartamento, Jaki o cumprimenta dizendo: Bem-vindo estranho. Por isso o nome da peça. Pensei. Porém, a meu ver, todos eram estranhos, pois, no início eu desconfiava de Joseph. Sentia pena de Elaine. E ficava com raiva das atitudes de Jaki. Passado um pouco eu já sentia pena de Joseph. Raiva de Elaine e desconfiava de Jaki. 
Uma peça muito envolvente, e com um final surpreendente.
Eu subestimei a peça e, ao contrário do que li aqui onde diz que o trio de atores não consegue "emprestar a densidade psicológica exigida pelos personagens", eu achei que não fosse por eles, talvez o desenrolar da história e principalmente seu final, não ficasse tão impactante! Vale a pena assistir. 

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

São Roque

No último final de semana, estivemos na cidade de São Roque, comemorando mais um mês de aniversário de namoro.
O Zé fez uma reserva em uma pousada para ficarmos do Sábado ao Domingo. No Sábado, saímos de casa logo após o meio-dia. Com a ansiedade de chegar à pousada, nem paramos para almoçar, o que fizemos na pousada, uma vez que, ao chegar tivemos que ir ao restaurante procurar alguém para nos recepcionar.
É que nessa pousada, no horário de almoço a recepção fecha e eles (os donos) atendem no restaurante.
A Pousada de nome Acalanto foi construída na fazenda da família. E todos moram ali, dos avós aos netos.  Ela possui uma imensa área verde. Piscina, restaurante, recepção, um lago, um salão de jogos, além dos 13 bangalôs.
Ficamos no Bangalô número 1 que tinha um quarto e um banheiro.
A princípio ficamos um pouco decepcionados com o nosso bangalô. Não tinha nem guarda-roupa. No quarto só tinha a cama. Peguei uma cadeira que ficava na varanda para colocar a minha bolsa em cima.
Em cima do frigobar tinha três prateleiras de madeira. O banheiro até que era legal.
À noite ficamos assustados com a barulheira vinda do que parecia ser um culto. Imagine! A gente lá no meio do mato, tudo escuro e aquela gritaria...
Mas conseguimos dormir bem. A cama, o colchão e o travesseiro eram muito aconchegantes. E acordar com o cantarolar dos pássaros? Divino! Além dos galos que é figura “garantida” quando se vai para o “campo”. Para não dizer... Mata.rss
No outro dia, caminhando um pouquinho pelo local, após o café da manhã, a má impressão foi se dissipando.
Tem algumas imagens que não irei me esquecer. Da Paineira (que eu achei que era um pé de algodão.rss) que tinha bem em frente ao bangalô. Um esquilinho que ficou roendo um galho de uma planta. Ele nem teve medo quando a gente se aproximou para ver o que ele estava aprontando. Os saguis (um monte deles) que circulavam por entre os galhos, de onde pudemos observar enquanto tomávamos o café da manhã.
Bom, além de ir para comemorar, fomos também para conhecer a  22ª Expo São Roque "Vinho e Alcachofra" que estava tendo na cidade. Domingo seria o último dia do evento.
Achamos melhor ir à expo no Sábado e deixar o Domingo para ir conhecer as vinícolas. Chegamos à portaria às 17 horas e 15 minutos, e só entramos após as 18 horas. Isso porque os valores dos ingressos eram assim: R$ 20,00 por pessoa até às 18hs. E depois das 18hs, R$ 6,00. Pode isso? Achamos um absurdo. E então resolvemos ir a uma padaria que ficava em frente à entrada do evento e ficamos comendo e bebendo. E não era só a gente que ficou enrolando. Tinha quem preferiu ficar sentado nas escadarias, esperando o relógio marcar 18 horas.








A expo estava muito boa. Bastantes barracas de comes e bebes. Além de barracas com roupas, calçados, bijuterias, flores, livros, brinquedos, etc.
Passeamos pela trilha da Cascata. Muito bonita! No final dela tem um barracão e dentro dele, mais barracas e exposição (e venda) de pinturas em quadros. Do lado de fora, um parque de diversões.
O local onde foi a expo é muito grande. Acho que maior que Valinhos, onde acontece a Festa do Figo. Não tinha muita gente. Deu para andar bastante. Também experimentamos salame e vinhos. Tomamos suco de uva. O Zé aproveitou para conhecer a alcachofra. Comeu um pastel de alcachofra.
Assistimos a uma peça de teatro, que narrou à história do vinho. Como e onde surgiu. Começando com o homem das cavernas, passando por Noé, Cleópatra, Napoleão Bonaparte, entre outras celebridades que tiveram influência sejam produzindo ou mesmo bebendo do vinho.
Gostamos demais de tudo. Tanto que pretendemos voltar nos próximos anos. E dessa vez vamos chamar os familiares.
No Domingo, deixamos a pousada antes das 11 horas. Queríamos conhecer a "Estrada do Vinho", e visitar algumas vinícolas.
A estrada é muito bonita. O Zé já imaginou a gente indo lá de moto.rss
Paramos para conhecer a Vinícola Góes. Um lugar muito bonito. Um lago onde os peixes só faltavam ir comer na mão das pessoas. Estava cheio de gente. Tinha alguns ônibus. Entramos na loja de vinhos onde compramos alguns sucos e vinhos. Passeamos um pouco e decidimos partir.
E foi assim que comemoramos 3 anos e 4 meses de namoro. Muito verde!  Muito vinho! Muita animação e claro... Muito amor!!

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Cadê os meus direitos?

Não sei o que está acontecendo com as pessoas. Estou indignada com a ignorância de algumas. E não estou falando de ignorância por "falta de estudo" não. Até porque os absurdos que tenho visto ou ouvido vêm de pessoas estudadas. Ou melhor... Pessoas cultas.
Estou revoltada sim. E ela se deve à tudo que vi e ouvi nos últimos dias no que diz respeito à eleição presidencial. Cada barbaridade!
Fiquei sabendo de familiares, amigos, que brigaram por diferenças partidárias. O que é isso minha gente? Se bem que se eu quisesse apelar, teria brigado com um monte de gente também.
Eu só tenho uma pergunta. Ninguém nunca errou? Alguém sabe o que é melhor o outro?
Ouvi um aqui e outro ali dizer. Queremos ver mudanças. Só me faltou perguntar. Que mudança você está querendo? O que não está bom pra você? As pessoas estão se deixando levar. Ouvem aqui e soltam ali. E aí tem aquelas que vão lá na rede social, expor a sua opinião. Sem pensar se estão, ou não, ofendendo quem quer que seja. Falta de amor no coração. Falta de consideração com o próximo. Eu sinto muito, pois, parece que quanto mais evoluímos, mais regredimos.
Sinceramente. Eu não tenho do que reclamar. E não sei o que tanto reclamam. Nunca vi ou vivi época em que se consegue comprar, adquirir alguma coisa como hoje.
Desemprego sempre existiu. Corrupção sempre existiu. Impostos sempre existiram. 
Coitado do povo nordestino. Coitado do povo mineiro. Eles, assim como alguns outros estão sendo crucificados.
E no que diz respeito a mim. Poupem-me. Saco!

P.S. Só para constar. Eu votei no Collor em 1989. E aí????

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

O desapontamento do amor

Antero chegou. Antes não tivesse vindo. Talvez assim eu continuasse mergulhada no desejo de sua presença. Tê-lo ao alcance das mãos desencadeou meu desencanto. Ver os detalhes da bainha de suas calças, o ligeiro encardido do colarinho, tudo parecia remeter-me à conclusão de que a ausência é bem melhor que o peso do corpo, a dura matéria que produz sorrisos e secreções indesejadas. Antes tivesse me contentado com tudo que dele imaginei. Cartas pousadas sobre o colo, palavras rasgando ao meio minha alma, tornando-me hospedeira de ansiedades felizes, provocando frio na espinha cada vez que um pensamento pulava a cerca da moral, do comportamento permitido, e aos braços de Antero me atasse.
O amor é mistério. Antes de abrir a porta eu portava em minha alma um candelabro imenso de motivos futuros. Ansiava atar minhas esperanças a suas calças, erigir em seu coração a morada onde eu envelheceria. Mas o inesperado aconteceu. A presença de Antero produziu um sopro volumoso na direção de minhas velas.
Ele voltou cheio de projetos. Depois de dois anos vivendo no interior de um pequeno país africano, chegou desejoso de casamento, laços eternos que lhe concedessem a tão desejada estabilidade afetiva. Eu já sabia de suas intenções. Foram dois anos de correspondência trocada com regularidade espartana. Alucinava-me ver chegar aqueles envelopes de cores fortes, vibrantes. Arrepiava-me saber que as palavras lavraram terras distantes para que pudessem ser colocadas sobre o meu colo, desembrulhadas como se fossem flores chegadas em cesto de vime, milagre que se constrói a partir de distâncias humanas, estradas e mares posicionados como molduras de um amor que faz chegar a presença, mesmo quando só a ausência é o que temos.
Copiei acima um trecho de um dos contos que está no livro do Pe.Fábio de Melo. O final já dá para imaginar. Quando terminei de ler, pensei. "Qualquer semelhança, com nomes, pessoas ou fatos reais terá sido mera coincidência". Por que pensei isso? Com certeza, algumas pessoas e eu me incluo entre elas, passou por situações semelhantes. É lógico que na atualidade, as cartas foram trocadas por mensagens na internet, depois e-mails, seguido do telefone e finalmente... O encontro. E quando esse dia chega...
O tempo que se leva entre o início e o muitas vezes "frustrado" encontro também não é tão longo. Porém, com certeza, o que fica após, é o vazio. 
E quando o caso é igual ao "conto"... Voltamos para o nosso mundinho. Difícil se acostumar a não ter mais a presença da ansiedade em ligar o computador para ver se existe mensagem. Ou então acordar de manhã com o alarme do celular trazendo um "bom dia". 
Mas, um dia o amor chega. E o vazio, a ausência é substituída por momentos em que se sentir só é somente para quem não dá uma oportunidade para si, e para o outro.