sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

As sandálias trocadas

Toda Terça-feira a gente se reunia. Ou seria na Quarta-feira? Talvez Quinta-feira.
Ah, o dia pouco importa. Era em “um” dia da semana.
O horário? Nem vou arriscar... Não lembro. Sei que era à noite.
Não ia muita gente. Sempre as mesmas pessoas. D.Delmira, D.Expedita, D.Conceição, D.Dirce, D.Rosa, Maria e Margareth (eu).
Tinha também uma moça. O nome dela não me vem à mente, de jeito nenhum. Ela devia ter um pouco mais de 30 anos. Era baixinha como eu. Tinha cabelos bem curtinhos. Ela era fundamental nos nossos encontros, pois tocava violão. Um grupo de oração – de louvor, sem músicas, sem instrumentos musicais, não funciona.
De todas essas mulheres, somente a Maria e a “do violão” trabalhavam fora. 
A Maria que tinha maior dificuldade para conseguir chegar no horário.
Chegava quase sempre esbaforida na igreja. Já era de se prever. Tanta correria um dia não ia prestar.rss
Como o grupo era pequeno, a gente se acomodava no primeiro banco. Certa noite, enquanto a gente rezava o terço, a Maria deu uma esticada na perna. 
De repente ela começou a rir e me cutucou. Mostrou-me seus pés.
Em cada um deles, uma sandália diferente. Não me contive e comecei a rir também. Logo todas estavam rindo muito. Misericórdia era a palavra que uma ou outra proferia, seguida de risos. Ninguém mais conseguia prosseguir o terço.
Entendemos que, pela correria ao chegar do trabalho e se aprontar para ir à igreja, ela não percebeu que calçou sandálias diferentes. Até aí, tudo bem. 
Só não entendemos como ela conseguiu andar e não sentir o desconforto, pois as sandálias eram “um pouco” diferentes: uma era rasteirinha e a outra tinha salto. Misericórdia.rss
Sei que nunca mais esqueci esse episódio. Sempre que lembro – com muitas saudades dessas mulheres – dou muita risada.

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