O Zé colocou o celular para nos despertar às 6h30min. Vinham
nos buscar no hotel entre 7h e 7h30min.
Estávamos no saguão do hotel, quando entrou um senhor e
chamou pelo Zé. Não era sete e meia. Fomos os últimos a serem pegos. Em menos
de 20 minutos estávamos na rodoferroviária.
Descendo da van o guia Sr.Teodoro passou as instruções. Em
português e inglês, pois tinha uma família de americanos com a gente.
O trem sairia às 8h15min. Fomos pegar um pingado e pão de
queijo para comer. Vendo que não daria tempo, acabamos por terminar - o nosso
café da manhã - no trem.
Como funciona esse passeio: Os trens são da Serra Verde Express. Optamos por viajar no vagão turístico que tem direito a serviço de bordo com 1 água ou refrigerante, kit lanche e guia (português). O valor? R$ 398,00 os dois. Quando o Zé fez as reservas – lá no dia 05 de junho – iríamos e voltaríamos de trem, porém preocupado com o trajeto hotel/rodoferroviária e estacionamento, ele resolveu pagar um pouco mais (R$ 80,00) que incluía o transfer hotel/estação rodoferroviária/hotel, o almoço (barreado) no restaurante da própria Serra Verde e “tour” por Morretes e Antonina.
A viagem leva pouco mais de três horas. Parece muito, mas
não é. Ali dentro a gente faz amizades, come, bebe, levanta... Vai para um lado
e para o outro, a fim de tirar fotos legais.
Lá na estação, quando o Zé pegou as passagens (os assentos são
numerados) ele disse que perguntou a atendente qual o melhor lado do trem e ela
respondeu: _O lado de dentro.rss Tivemos sorte, pois ficamos do lado esquerdo
do trem, onde estavam as melhores atrações.
A guia a qual apelidamos "ferromoça" |
Dentro do trem difícil era ficar sentado |
O pessoal todo do lado esquerdo |
Ethan Hawke |
Eu tirava fotos de tudo lá fora e o Zé de todos lá dentro.kkkk Tinha um rapaz - estrangeiro - que era o Ethan Hawke sem tirar nem pôr. Minha vontade era de pedir licença para a namorada dele e convencer ele a tirar uma foto comigo. O Zé nem ia brigar, ele também estava admirado de ver o quanto o rapaz parecia o ator.
Durante o passeio, passamos por Represa, Barragem, Santuário, Picos, Pontes,
Diversos túneis, pessoas caminhando, trabalhadores...
Porém, sensação indescritível é quando o trem chega ao Viaduto do Carvalho – onde temos a sensação de estarmos flutuando com o trem. A palavra que ouvia de todos era. Meu Deus! E algumas mulheres ainda complementaram. Que medo! Eu falei isso tudo e se não me engano... Socorro!rss
A viagem toda é emocionante e inesquecível. Depois do Viaduto
do Carvalho e já nos sentindo mais seguros começamos a nos aproximar de
Morretes.
Dentro do trem, funcionários da serra Verde passam vendendo
lembranças do passeio. Imãs, Chaveiros, Cartão Postal, Fotos, etc.
Lá fora já na cidade, aproximando da estação, várias
crianças estavam na beira dos trilhos acenando para os passageiros. Algumas nem
olhavam para a gente, ficavam ali, paradas, simplesmente acenando. Vi que
alguns passageiros atiravam coisas pra elas. Talvez seja por isso que elas
ficam ali. Se um dia eu voltar a fazer esse passeio levarei algo para jogar
para elas. Fiquei triste porque vi que uma ou outra pegavam alguma coisa.
Outras não.
Chegada em Morretes |
Quando ele reuniu todos os passageiros levou-nos ao restaurante. As mesas já estavam reservas. Sentamo-nos com um casal e a filha.
Além de saladas, bolinho de camarão, peixe-frito, apreciamos
o tradicional “barreado”. A garçonete prepara o prato de barreado, ensinando,
passo a passo. Na outra mesa, pude observar o garçom preparando e ensinando –
em inglês - para os estrangeiros.
Aliás, o que tem chamado a minha atenção tanto em Curitiba,
como em Morretes é que esses profissionais: recepcionista hotel, guias
turísticos, garçom, até mesmo alguns vendedores falam outros idiomas.
Eu preparei o meu barreado e sinceramente... Não gostei
muito. Achei sem gosto. Modéstia a parte, a minha carne desfiada para comer com
pãozinho é bem melhor.
Zé preparando barreado dele. |
Após o almoço passeamos um pouquinho – onde deve ser o
centrinho turístico – pois ali tem diversos restaurantes à beira rio, barracas
de artesanato, balas, doces, etc. Sentamos um pouquinho na praça para descansar
e observar os turistas, principalmente os estrangeiros. Tinha bastante
Australiano. Amanhã terá jogo da Austrália e Espanha em Curitiba. Tinha argentino,
italiano também, mas a maioria era australiano.
Ah! Adivinha com quem cruzamos perambulando por ali? A
mulher (doida) de ontem.rss
Esperamos dar a hora e fomos para a van. O combinado foi de
nos encontramos às 14h30min em frente a igreja.O guia Sr.Teodoro |
No horário combinado todos estavam lá. Seguimos para um tour
por Morretes e Antonina. Em Antonina fizemos uma parada na Igreja Matriz de Nossa
senhora do Pilar. Do lado de fora da igreja, uma vista maravilhosa. Sentei-me
no banco de pedra que tem ali e fiquei olhando para o rio, para as ruínas do
que deve ter sido uma fábrica, etc. Ficar ali, olhando, apreciando tudo aquilo,
mesmo com a presença das pessoas- turistas - à minha volta, deu uma sensação de
bem estar, de paz, de tranquilidade. Abençoadas as pessoas que vivem ali e
podem desfrutar daquele lugar.
Em frente a Igreja de Antonina |
Vista da igreja de Antonina |
Teatro Municipal de Antonina |
Cheguei até a tirar um cochilo gostoso dentro da van.
Acordei já chegando em Curitiba.
Chegamos ao hotel, tomamos um banho e saímos para passear na
praça e quem sabe comer um cachorro quente acompanhado de um quentão.
Demos azar, pois chegando à praça todas as barracas que
faziam lanches ou comidas típicas já estavam fechadas, ou fechando. Pegamos um
quentão e saímos procurando lugar para comer. Acabamos parando na Rua 24 horas,
onde comemos um lanche do Subway.
Agora sim é hora de parar de vez e dormir. Amanhã é dia de
pegar a estrada rumo à Gramado.
Hoje vou sonhar com os anjos, uma vez que quase cheguei a
vê-los, afinal vi tanta maravilha que só posso ter ido ao paraíso.rss
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