Em O Discípulo da Madrugada, Padre Fábio de Melo nos
apresenta um personagem religioso e bem-intencionado que tem sua vida
modificada ao se tornar amigo de Jesus, antes de presenciar sua crucificação.
Ao ouvir a pregação de Jesus, esse homem sente ruir a
estrutura que até então dava sentido à sua vida. Desalojado em si mesmo, ele
inicia uma aventura encantadora pelos caminhos da liberdade interior.
Um personagem que tem um pouco de todos nós. Ou muito. É
preciso observá-lo de perto, pois pode ser que o conheçamos bem. Pode ser até que
a identificação seja tão profunda que, sem receios, possamos dizer: este sou
seu.
Precisava ler para distrair a mente. Os livros do
Padre Fábio me acalmam. “O Discípulo da Madrugada” eu ganhei da Enandra - presente
de amigo secreto. Enfim, chegou a hora de lê-lo. Fiz isso em menos de uma
semana. Não foi difícil, afinal sou fã do Padre Fábio. De tudo que ele faz. Das
músicas. Das palestras. Dos livros.
Para mim, ele é um poeta na arte de escrever. Faz a
gente viajar no tempo e viver o que ele descreve. Ou seja, não é difícil nos
reconhecermos nos personagens que ele nos apresenta.
O livro é basicamente dividido em duas partes. Na
primeira somos levados a rever os últimos momentos de Jesus – o julgamento e a
crucificação – pelos olhos do Discípulo da Madrugada.
Na segunda o Discípulo da Madrugada nos conta como
conheceu Jesus. Vimos então, a saber, como – ou porque – o mesmo passou a ser
nomeado “O discípulo da madrugada”.
A narrativa do Padre Fábio, como sempre é muito
suave. Costumo dizer que o Padre Fábio é muito paciente com os seus leitores,
pois utiliza palavras de fácil entendimento. Assim como Jesus utiliza que
utilizava parábolas nas pregações.
Foi uma boa escolha ler esse livro, nessa fase que
estou vivendo. Fez-me aproximar mais de Jesus e de seus ensinamentos.
O trecho abaixo, bem como a sinopse foi extraído do livro.
“Irrompendo a muralha
humana que o rodeava, Maria chegou perto de Jesus. Ele se assustou ao vê-la.
Breve parada durante a subida dolorosa. A vida inteira precisou se acomodar
naquela pequena fração de tempo.
Protegido em minha covardia, pude ver o encontro dos olhos,
a hora da despedida. Dele uma só palavra, nascida da dor, coberta de lágrimas: ‘Mãe!’.
Ela respondeu: ‘Estou aqui, meu filho!’.
E depois o silêncio. O olhar penetrando corpos e desvendando
almas, rasgando o histórico da encarnação, alcançando o mistério que um dia foi
comunicado por um anjo e que os entrelaçou, unindo assim, definitivamente, o
tempo e a eternidade.”
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