quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Meu pai e a Luz

Sonho é sempre assim. A gente não lembra muito de quem estava com a gente. E o lugar, geralmente é meio confuso. Tão confuso como o que vou escrever a seguir. Mas é como me lembro.
As pessoas do sonho. Eu, meu irmão Álvaro (nego), duas das minhas irmãs – acredito ser a Shirlei e a Adriana. Mas pode ser a Silvana.
A gente estava na esquina (de cima) da rua onde morávamos. No Jardim Campos Elíseos. Estava escuro. Tive a impressão de que éramos crianças. Estávamos agachados. Parecia que estávamos escondendo – ou fugindo. Não sei de quem. Isso não importa.
Sei que o nego falou para descermos correndo para casa. E assim fizemos. Eu corria e olhava para o lado (direito) e a casa não chegava nunca. Talvez porque éramos pequenos, a distância da esquina até chegar na casa se tornou longa.
Quando chegamos no portão e começamos a entrar pelo quintal, que era cheio de árvores, uma luz intensa surgiu e iluminou meu pai, que estava ali. O nego até ralhou com ele, pois aquela luz ia nos denunciar. Seja lá quem fosse que estava nos perseguindo ia nos ver, por causa da luminosidade.
Enfim, corremos todos para dentro de casa. Primeiro meu irmão. Depois meu pai. E a luz com ele. Nele. Ou a luz era ele. Ele entrou e parou na porta. Eu e minhas irmãs entramos, passamos por ele. Foi então que uma das minhas irmãs – que pela tom de voz e jeito era a Adriana ou a Shirlei (por isso disse lá no início que acho que eram as duas). Quando eu olhei, vi que ela voltou e foi caminhando em direção ao meu pai, com os braços abertos, dizendo: _Pai, vem cá. Me dá um abraço.
Acordei! E lógico, que só quando acordei dei conta de que meu pai não está mais aqui.
Dois sentimentos:
Tristeza, por mais uma vez ter deixado meu pai passar sem trocar uma palavra com ele. Sem tocar nele.
Alegria, senti que meu pai está bem. Aquela luz me levou a pensar assim.

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