terça-feira, 1 de março de 2016

Eu na Sapucaí

Dia 07 de Fevereiro realizei um grande sonho. Um sonho que eu não tinha.rsrs
Fui assistir ao desfile na Sapucaí. O que eu mais gosto no carnaval são os desfiles. Desde que eu me conheço por gente, eu assisto o desfile pela televisão. Acho lindo e contagiante. Porém, nunca sonhei assistir “ao vivo e em cores”. Para mim, o desfile era coisa de outro mundo. Não era para o meu bico.
O Zé resolveu comprar os ingressos depois que viu o quanto eu gosto, o quanto eu me emociono, o quanto eu me empolgo diante de uma bateria de escola de samba. Isso foi no casamento da Enandra (minha patroa) em Outubro.
Lembro que meus olhos lacrimejaram quando ele falou que tinha comprado os ingressos. Depois foi só aguardar o GRANDE DIA.
Fomos para o Rio no Domingo cedinho. Com o sol nascendo. Chegamos no hotel e enquanto aguardamos liberarem um quarto, fomo ao restaurante almoçar.
Ah, o hotel! O que é aquilo gente? Maravilhoso! Por fora e por dentro. Ficamos hospedados no Mercure de Niterói. Achei-o um deslumbre. Fiquei surpresa, porque o Zé tinha falado que seria igual ao íbis. Só que não! Mas, o que mais me encantou foi a piscina e o bar. A água da piscina era morninha (para não falar quentinha.rsrs). E o bar funcionava até meia noite. Dali dava para ver a ponte Rio-Niterói inteirinha. O Pão de Açucar. O Cristo redentor. Aliás, o Pão de Açucar, e o Cristo também davam para ver da sacada da nossa sala e do quarto.

Pois é, ficamos em um apart hotel. O Zé acha que não tinham reservado quarto pra gente, então, de última hora nos deram um melhor, para compensar. Na cozinha tinha pia, geladeira, microondas. Na sala uma mesa, uma cadeira, um sofá, um puff enoooorme e televisão. O quarto com uma cama, uma cadeira e televisão, o banheiro e um closet. Finalmente eu tive um closet.hahaha
Chegamos, almoçamos, descansamos um pouco e nos aprontamos para ir para a Sapucaí.
O itinerário foi o seguinte: Táxi do hotel até a barca. Barca de Niterói até o Rio. E caminhada até a Sapucaí. Quanta emoção! Nunca vi tanta gente feliz. Gente fantasiada. Gente bêbada. Por todo o caminho era gente por todo lado. Muito barulho. Olha... Contagiante. Nessa hora me senti uma estranha no ninho, pois não estava fantasiada. Nem pintada.


Durante essa caminhada encontramos dois casais do Sul, que por coincidência estavam hospedados no mesmo hotel que a gente. Um deles, o mais amistoso disse que aquele dia ele já tinha utilizado quase todos os meios de transportes possível. Avião, ônibus, taxi, barca e caminhada.rsrs Eu comentei que tinha o metrô ainda.rsrs
E quando chegamos na Sapucaí? Tivemos que dar a volta porque a nossa entrada era do lado oposto ao que chegamos.
Chegando no nosso portão – que era o número 02, fomos caminhando ansiosos para o nosso lugar. Começamos a subir as escadas e não tem como expressar o que senti quando olhei e vi a rua, os camarotes, as arquibancadas. Tudo muito iluminado. Tudo tão perto. Não sabia se eu ria, ou chorava. Ficamos por uns segundos olhando um para o outro, emocionados.
E então uma moça nos acompanhou até o nosso lugar. O Zé comprou 02 lugares na frisa. Frisa é um espaço com cadeiras. Ficamos embaixo do camarote. E o camarote fica embaixo da arquibancada.  Tinha 03 fileiras de frisas. A nossa era a última. Ou seja, não era a encostada na grade que impede que invadamos a rua.rsrs Eu bem que fiquei de olho para ver se tinha como eu ir até a frisa mais próxima da rua. Mas, sem chance. As funcionárias ficam por ali, olhando se a gente não vai aprontar.rsrs 


Lá é tudo muito organizado. Mas elas também dão orientações de onde estão os banheiros limpíssimos – que por sinal são limpíssimos. De onde encontrar comidas e bebidas, etc. Na nossa frisa ficou um rapaz dos Estados Unidos e um casal carioca. Na frisa ao lado tinha uma turminha de estrangeiros. Bom, ali o que mais se vê são estrangeiros. Muito legal.
O desfile começou com a Estácio de Sá. Eu tinha levado as letras do samba enredo. Mas esqueci o óculos.rsrs Tentei cantar. Tentei sambar. Vibrava com tudo o que via. E assim foi a noite e madrugada.


Na terceira escola eu já tirei o salto e sentava um pouquinho no intervalo entre uma escola e outra. Os joelhos, os pés doíam. O Zé fazia um pouco de cada coisa. Cantava, sambava, comia, bebia, sentava, fotografava.
Resolvemos sair logo após a Unidos da Tijuca começar o seu desfile. Passava das quatro e meia da madrugada. Depois eu conto em outra postagem o perereco que passamos até conseguir voltar ao hotel.
Acordamos depois das 14hs com muita fome. Descemos e fomos direto ao restaurante. Almoçamos e fomos ao bar apreciar o movimento, a paisagem.
Ali reencontramos o rapaz (o mais amistoso) que conhecemos no dia anterior.
Ele nos contou que as três horas da madrugada, ele começou a tomar remédios para dor. Que a esposa do amigo dormiu. E que passaram um aperto para voltar ao hotel.
Sei que entre uma conversa e outra bebemos uma caipirinha e mais tarde entramos na piscina. A noite, ficamos no bar bebendo e comendo. A noite estava iluminada. O céu, com as estrelas. E o mar com as embarcações que ali estavam ancoradas. Tinha bastante hospedes no bar e até alguns na piscina. Os atendentes do bar colocaram uma musiquinha bem pop para alegrar ainda mais a noite.

Deixamos o hotel, logo após acordarmos, na terça-feira. E assim passamos um maravilhoso carnaval. E no fim, um sonho – nunca sonhado, mas, quem sabe no íntimo desejado, foi realizado!

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