Ontem terminei de ler...
Sinopse extraída da contra capa do livro:
“O Discurso do
Rei” - Como um homem salvou a monarquia britânica.
Baseado nos recém-descobertos diários de Lionel
Logue, este livro nos traz a história de como um homem salvou a Família Real
inglesa nas primeiras décadas do século XX – e não foi um primeiro-ministro ou
um arcebispo de Canterbury. Foi um quase desconhecido, e autodidata, terapeuta
da fala chamado Lionel Logue, a quem um jornal, nos anos 1930, intitulou de “o
curandeiro que salvou o rei”.
Não era um aristocrata britânico, nem mesmo um inglês
– Logue era um plebeu e, ainda, por cima, australiano. Foi, entretanto, o
gentil e sociável Lionel quem, sozinho, levou o Duque de York, nervoso e com
problemas de fala, a se tornar um dos maiores reis da Grã-Bretanha, depois que
seu irmão Edward VII, abdicou em 1936 por amor à sra.Wallis Simpson.
Esta é a inédita história do relacionamento entre
Logue e o ansioso futuro Rei George VI, coescrita pelo seu neto Mark e o
Jornalista Peter Conradi.
O livro esclarece de forma surpreendente a intimidade
entre os dois homens e o papel vital desempenhado pela esposa do monarca, a
falecida Rainha Elizabeth, a Rainha-Mãe, em sua determinação de apoiar e salvar
a reputação e o reinado do marido.
***
O livro é dividido em 16 capítulos, e o primeiro inicia
com o título “Deus salve o rei”, onde nos leva ao dia 12 de maio de 1937, o dia
da coroação do Rei George VI. Fiquei meio sem entender porque tanta tensão em
volta de uma cerimônia e, mais tarde de um pronunciamento que o rei fez - ao
vivo - pelo rádio, que foi transmitido ao povo. Mas, nos capítulos seguintes tudo começa a ser esclarecido.
Nos capítulos seguintes conhecemos:
- Lionel George Logue:
seu nascimento, sua formação, seu casamento aos 27 anos com Myrtle, suas
viagens, o nascimento dos filhos e como foram parar na Inglaterra até Logue
conhecer Bertie, o Duque de York, futuro Rei George VI.
- O Rei - seu nascimento, sua
infância, seus irmãos, seu casamento e suas dificuldades. Sendo a maior delas,
a gagueira. E diante dessa grande dificuldade (e depois de passar uma vexame) em 1926 ele passa pela primeira consulta com Logue.
_ Edward – irmão mais velho do Rei - e o seu envolvimento com a
sra.Wallis, que culminou na sua renúncia ao trono.
- Um pouco os acontecimentos da segunda guerra mundial, e as implicações no reinado de George VI.
- E por fim, os constantes problemas de saúde tanto do Rei,
como de Logue.
Porém, o grande propósito deste livro são os discursos do Rei, que não seriam tão significantes, se
não fosse o fato de o mesmo ter problemas de fala.
Apesar de começar pelo capítulo da coroação do Rei, voltamos no tempo para conhecer e crescer junto, com cada personagem.
O Rei se mostrou um homem muito esforçado, decidido e ao mesmo tempo, sabia das suas limitações e seus receios, tanto que, sempre que ia fazer um pronunciamento mandava
chamar Logue, que lia o discurso e fazia as alterações necessárias. Geralmente,
trocando palavras que, sabia que o Rei teria dificuldade por outras, porém, com
o mesmo sentido.
E Assim, do primeiro ao último capítulo, temos sempre
pronunciamentos do Rei, sendo um melhor que o outro, até o último, no Natal de
1951.
Minhas observações:
Não sou muito de “pararico”, então, inicialmente eu
fiquei sem entender, porque tanto alarde por causa de um discurso. Confesso
que, poucas vezes ouvi, ou prestei atenção em um pronunciamento do Presidente
da República. Fiquei imaginando se eles também têm toda essa preocupação com
entonação, paradas, tempo, etc.
Se bem que estamos falando de um Rei, não é? Tudo
bem... Passei a admirar a pessoa do Rei George VI – após ler este livro, assim
como admirei a Rainha Elisabeth quando assisti “The Crown”. Isso não quer dizer
que concordo com toda a “pompa” que eles vivem, à custa do seu povo. Porém, vi
que eles também são humanos. Também sofrem com as imperfeições, suas
limitações, suas dificuldades. E acima de tudo, tem muitas responsabilidades.
Neste livro, as mulheres são muito evidenciadas na
vida do Rei – sua mãe, e principalmente sua esposa que tem papel fundamental,
sempre o apoiando. As filhas, Margaret e Elisabeth também são citadas em
diversos capítulos.
Por outro lado, Logue também conta sempre com a
presença e apoio da esposa Myrtle.
O fato do livro conter trechos das cartas trocadas pelo Rei e Logue, bem como partes dos discursos, tornam a leitura mais atraente.
Gostei bastante do livro, agora quero assistir ao
filme. Para comparar, conhecer melhor os personagens e se possível entender
melhor alguns pontos. Principalmente no que se refere a Geografia e a História.
Nunca fui muito fã dessas matérias, então fico um pouco confusa quando começam
a citar os lugares e os acontecimentos daquela época. Acho que vendo o filme
vou me localizar melhor.