quarta-feira, 12 de abril de 2017

Páscoa de 2007

Com a proximidade da Páscoa e o aniversário do Henrique que foi no dia 07, lembrei-me de um episódio da minha vida. Aconteceu há 10 anos. Como costumo dizer: “pirei”.
Eu estava desconsolada (louca mesmo) porque depois de inúmeras idas e vindas do Rubens, em um dia do mês de março de 2007, ele foi embora de vez. Prometeu nunca mais voltar. Eu ainda rezei muito para ele voltar, mas não era para ser. Então, resolvi que tinha que fazer alguma coisa. E fiz...
Comprei passagens de ônibus para mim, e os filhos, com destino a Itanhaém. Ia ficar na casa do meu primo Luciano que estava morando lá. Não lembro se eu o avisei, e a Luciana – esposa dele - que estava indo.
Minha mãe vendo a loucura que eu estava fazendo, ou com receio de eu fazer outra maior, resolveu ir junto. Chegamos a rodoviária de Santos e depois pegamos um circular até onde meu primo morava. O ônibus lotado. Tinha muita gente mal encarada. Lembro que em alguns momentos eu olhava para os meus filhos que estavam sentados nos outros bancos e pensava: Meu Deus, o que estou fazendo? Chegamos no Luciano já era noite.
A Luciana e as irmãs dela estavam fazendo ovos de páscoa. Tinham muitas encomendas. Coitadas. A gente deve ter atrapalhado muito. Visita em horas assim não é legal. Mas acha que eu tinha discernimento para perceber isso?
E onde o Henrique entra nessa história? Acho que ele e a Adriana, vendo a loucura que eu tinha feito, pegaram o carro e foram para Itanhaém também. Chegaram no dia seguinte.
Apesar de eu estar acabada – literalmente. Na época pesava 12 quilos a menos que hoje. E acreditem... Não estou gorda hoje. Apesar de tudo nos divertimos muito na praia. Até hoje a gente fala que foi uma das nossas melhores viagens para a praia. Ficamos bem a vontade. À noite a gente ia à feirinha. Em uma das noites - deve ter sido no aniversário do Henrique - fizemos um churrasquinho. Enquanto isso, a Luciana e as irmãs faziam ovos de chocolate.
Não lembro exatamente o dia que chegamos lá. Saímos no Domingo de Páscoa. Isso eu sei, porque no ônibus, eu vi um pai ligando para o filho, dizendo que ia buscá-lo na rodoviária, e no início da conversa teve um: “Feliz Páscoa”. Lembro também que nesse momento fiquei triste pelos meus filhos, porque eles estavam ali, sentadinhos. Eu nem comprei ovos de Páscoa para eles. Pensei também que o pai bem que podia ligar para eles, para desejar “Feliz Páscoa”. Mas isso não aconteceu.
Bom, mas tudo isso passou. Saímos todos ilesos. Fisicamente, com certeza. Psicologicamente também espero que sim. Por mim, eu superei. Meus filhos, quando conversamos sobre esse episódio, eles são unânimes em dizer que se divertiram muito. O Henrique só ri. Minha mãe e a Adriana - meus anjos protetores - nem sei o que pensam, mas com certeza elas compreenderam a minha atitude, e porque não dizer, a minha loucura.
Quando lembro desse episódio fico com um pouco de vergonha, mas sei que naquela época, fiz o que achava que tinha que fazer. Como dizem para para mim, e concordo... O que fiz ou passei tornou-me a pessoa que sou hoje. E uma certeza eu tenho. Sou menos louca.rsrs

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